A importância da comunicação na resolução de problemas sexuais

A sexualidade é uma parte fundamental da nossa vida e bem-estar. No entanto, muitas vezes, encontramos desafios e problemas nesta área que podem ser difíceis de resolver. Uma das ferramentas mais poderosas que temos para enfrentar esses desafios é a comunicação. Neste artigo, vamos explorar a importância da comunicação na resolução de problemas sexuais.

Compreender o Problema

O primeiro passo para resolver qualquer problema é compreendê-lo. No caso de problemas sexuais, isso pode envolver uma série de questões, desde a falta de desejo até a dor durante o sexo. A comunicação aberta e honesta pode ajudar a identificar o problema e a entender como ele está a afetar a ti e ao teu parceiro.

Expressar as Tuas Necessidades e Desejos

Muitas vezes, os problemas sexuais surgem porque as nossas necessidades e desejos não estão a ser atendidos. A comunicação permite expressar essas necessidades e desejos ao teu parceiro de uma forma que ele possa entender e responder. Lembra-te, a comunicação não é apenas sobre falar, mas também sobre ouvir e entender o ponto de vista do outro.

Encontrar Soluções Juntos

A comunicação permite que tu e o teu parceiro trabalhem juntos para encontrar soluções para os problemas sexuais. Isso pode envolver a exploração de novas técnicas ou posições, a busca de aconselhamento ou terapia, ou a experimentação de tratamentos médicos. Ao comunicar abertamente, podem encontrar uma solução que funcione para ambos.

Fortalecer a Conexão

Finalmente, a comunicação pode ajudar a fortalecer a conexão entre ti e o teu parceiro. Ao falar abertamente sobre problemas sexuais, estás a criar um espaço de confiança e compreensão. Isso pode levar a uma maior intimidade e a uma vida sexual mais satisfatória.

A comunicação é uma ferramenta poderosa na resolução de problemas sexuais. Ao falar abertamente, expressar as tuas necessidades e trabalhar juntos para encontrar soluções, podes melhorar a tua vida sexual e fortalecer a tua conexão com o teu parceiro.

 

Reforçar a Conexão a Dois: O Jogo do Frasco Sexy

A conexão entre duas pessoas é a chave para uma relação bem-sucedida. E quando falo de conexão, refiro-me não apenas à conexão física, mas também à conexão emocional e mental. Hoje, vou partilhar contigo um exercício simples, mas poderoso, que pode ajudar a reforçar essa conexão. Apresento-te o “Jogo do Frasco Sexy”.

Porquê o Jogo do Frasco Sexy?

Este jogo é uma maneira divertida e descontraída de abordar assuntos que podem ser sensíveis ou até mesmo assustadores para alguns casais, como fantasias sexuais e novas posições na cama. Ao introduzir elementos de brincadeira e riso, este jogo pode ajudar a aliviar a tensão e a criar um ambiente seguro para a exploração desses tópicos.

Como Jogar o Jogo do Frasco Sexy

Vais precisar de um frasco de vidro vazio e algumas folhas de papel. Aqui estão os passos:

  1. Preparação: Corta a folha de papel em várias tiras, todas do mesmo tamanho. Cada tira de papel representa uma oportunidade para partilhar uma fantasia ou uma nova posição que gostarias de experimentar.
  2. Escrever: Cada um de vocês deve escrever as suas fantasias e posições nas tiras de papel. Lembra-te, este é um espaço seguro, por isso sê honesto e aberto sobre os teus desejos.
  3. Dobrar e Colocar no Frasco: Depois de escreveres as tuas fantasias e posições, dobra as tiras de papel e coloca-as no frasco de vidro.
  4. Baralhar: Agita o frasco para baralhar as tiras de papel.
  5. Jogar: Agora, o jogo começa! Cada um de vocês deve tirar uma tira de papel do frasco e ler em voz alta. Este é o momento para discutir a fantasia ou posição, e talvez até mesmo para experimentá-la!

O Poder do Jogo do Frasco Sexy

Este jogo não é apenas sobre explorar fantasias e novas posições. É também sobre reforçar a conexão entre vocês. Ao partilharem as vossas fantasias e desejos, estão a criar um espaço de confiança e abertura. Estão a aprender mais um sobre o outro e a explorar novas formas de prazer e intimidade.

Então, porque não experimentar o Jogo do Frasco Sexy? Pode ser o início de uma nova fase na vossa relação, uma fase de maior conexão, compreensão e prazer. E lembra-te, o mais importante é divertirem-se e desfrutarem da jornada juntos.

 

Quais as tuas zonas erógenas e como despertá-las

Muitas mulheres queixam-se que o desejo sexual foi-se. Um outro grupo de mulheres assume que é difícil ter orgasmos. Reclamam dos parceiros e duvidam, também, das suas próprias capacidades.

Quanto aos homens, parece repetirem os mesmos passos, sabendo que os resultados não são os melhores e desenvolvem questões de auto-estima por não conseguirem satisfazer as parceiras.

Os casais acabam por apagar o assunto «sexo», outros fazem-no com pouca felicidade e prazer envolvidos. Quando existem possibilidades pouco exploradas mesmo quando são tão faladas por aí, como é o caso das zonas erógenas.

O que são zonas erógenas

As zonas erógenas são áreas do corpo humano que são especialmente sensíveis. O estímulo dessas áreas pode auxiliar no relaxamento, promover o fluxo sanguíneo, aumentar a excitação, aumentar o prazer sexual e todos estes aspetos favorecem o orgasmo.

Zonas erógenas comuns e como elas variam

As zonas erógenas comuns à maioria das pessoas incluem axilas, abdómen inferior, boca, pescoço, mamas, plantas dos pés, nádegas, coxas, parte inferior das costas, pulsos, couro cabeludo e zona dos genitais.

Vale, porém, sublinhar que o corpo inteiro, através da pele e das suas terminações nervosas tem sensibilidade e, logo, é erógeno!

O fator humano aqui é muito importante: a resposta de cada pessoa aos estímulos depende do tipo de estimulação, da relação com o parceiro, do estado de ânimo, do tempo/duração, entre outros.

Como potenciar a estimulação erógena

Conversar – perceber o que cada parceiro gosta é fundamental para o bem-estar e saúde sexual, bem como determinar o nível de segurança e conforto para explorar essas preferências;

Devagar – a sensibilidade pede uma postura subtil e lenta, que presta atenção e respeita a geração gradual de sensações, sabendo que quanto mais prazer a partir das sensações for acumulado, mais o corpo fica sensível, qual círculo virtuoso!

Lembrando que o corpo tem muitas zonas erógenas mas estimular muitas delas em simultâneo pode gerar tensão e dispersão da atenção ao prazer.

Variar – para criar diferentes estímulos, nada melhor que experimentar usar diversas partes do corpo. Além das mãos, podes recorrer à boca e aos dedos dos pés, alternando entre toques suaves e com mais pressão, mordidelas e lambidelas.

O que também produz respostas interessantes são os óleos e os lubrificantes, bem como acessórios como as penas ou um vibrador. Fica a conhecer as várias possibilidades aqui.

A importância de descobrir por ti mesma

Nestas coisas da exploração do corpo, eu recomendo sempre que a própria pessoa parta à descoberta de si mesma.

Sim, estou a falar da masturbação. Mas daquela que dá bastante atenção ao toque no corpo inteiro, percebendo diferentes temperaturas, texturas, volumes, bem como identifica quais as zonas mais sensíveis e o que elas provocam: arrepios, estremecimento, cócegas, conforto, excitação?

Desta forma, ficar em sintonia com as sensações erógenas aquando do sexo acompanhado torna-se natural, tal como comunicar ou mostrar ao parceiro quais as zonas preferidas.

 

Como Manter a Intimidade Durante as Férias de Verão

As férias de verão são um momento de descanso, diversão e, para muitos de nós, uma oportunidade para passar mais tempo com o nosso parceiro. No entanto, apesar da mudança de cenário e do tempo extra juntos, manter a intimidade pode ser um desafio. Aqui estão algumas dicas para ajudar-te a manter a chama acesa durante as tuas férias de verão.

Planeia momentos a dois

Muitas vezes as férias incluem família e amigos, o que pode ser maravilhoso, mas também pode deixar pouco tempo para a intimidade. Certifica-te de que planeias algum tempo apenas para ti e para o teu parceiro. Pode ser um jantar romântico, um passeio ao pôr do sol ou simplesmente algum tempo para relaxar juntos.

Comunica as tuas necessidades

Se estás a sentir que a intimidade está a diminuir, fala sobre isso com o teu parceiro. Comunica as tuas necessidades e desejos de uma forma aberta e honesta. Lembra-te, a intimidade não é apenas sobre sexo, mas também sobre conexão emocional.

Experimenta algo novo

Não há melhor oportunidade para sair da rotina do que as férias! Por que não experimentar algo novo na tua vida sexual? Pode ser uma nova posição, um novo brinquedo sexual ou simplesmente um novo local. A aventura pode trazer uma nova faísca para a tua intimidade.

Cuida de ti mesma

As férias podem ser cansativas e, se estás exausta, a tua vida sexual pode sofrer. Certifica-te de que estás a cuidar de ti mesma, dormindo o suficiente, comendo bem e reservando algum tempo para relaxar.

Aprecia o Momento

Por fim, lembra-te de apreciar o momento. As férias são um tempo para desfrutar e criar memórias. Não te preocupes demasiado com a perfeição e concentra-te em apreciar o tempo com o teu parceiro.

As férias de verão podem ser um desafio para a intimidade, mas com um pouco de planeamento e comunicação, podem também ser uma oportunidade para fortalecer a tua conexão com o teu parceiro. Espero que estas dicas te ajudem a manter a chama acesa durante as tuas férias de verão.

E para te ajudar ainda mais nesta jornada, temos uma surpresa especial a caminho! Estamos a preparar um lançamento muito especial que tem tudo a ver com intimidade e férias. Ainda não podemos revelar todos os detalhes, mas prometemos que será algo que irá enriquecer ainda mais a tua experiência de prazer e conexão. Para ficares a par de tudo garante que subscreves à Newsletter e me segues no instagram em: @omeldadeusa !

Falta de interesse sexual, será normal?

Popularmente, convencionou-se que a mulher tem menos desejo sexual e realmente são muitas as mulheres que afirmam que o sexo não lhes desperta assim tanto interesse. Vamos explorar as causas por trás da falta de interesse sexual nas mulheres!

 

Será que o desejo sexual depende do género? Ou haverá outros fatores associados?

As mulheres heterossexuais acusam menos disponibilidade para sexo do que mulheres com outras orientações sexuais.

Mulheres lésbicas, bissexuais e de outras orientações não acusam essa preguiça, nem nas estatísticas nem quando falam com terapeutas.

 

O que se passa com as mulheres heteronormativas?

Geralmente, estas mulheres estão envolvidas em sexo bem aborrecido e, até, agressivo. Um sexo que rouba a energia porque a mulher fica ali a tentar ter prazer/chegar ao orgasmo, a partir de uma postura do parceiro que, em nada, é favorável à resposta sexual feminina.

O sexo pouco estimulante para a resposta sexual feminina é aquele que:

 Tem fixação na penetração

A vagina tem muito menos terminações nervosas do que a vulva mas o que acontece é que nas relações heterossexuais dá-se pouca atenção à vulva (a parte exterior do genital feminino) e a expetativa é que pela vagina a mulher aceda a níveis de prazer elevados.

É pouco sensorial

O que sabemos da resposta sexual feminina é que, quanto mais excitada a mulher estiver, mais fácil e profundamente pode aceder ao orgasmo.

O orgasmo nada mais é do que uma experiência de pico, uma descarga de energia acumulada. Logo, quanto mais energia for acumulada, mais energia pode ser libertada.

Incluir a estimulação dos sentidos é fundamental: olhar nos olhos, sussurrar palavras afetuosas ou picantes ao ouvido, sentir o sabor da pele, tocar/massajar e cheirar são comportamentos primais e, ao mesmo tempo, inteligentes pois o erotismo baseia-se nos sentidos.

Não envolve o corpo todo

Como deves saber, a pele é o maior órgão do corpo humano e é sensível a estímulos. Por outro lado, cada uma de nós tem zonas corporais mais erógenas, ou seja, zonas que, ao serem estimuladas, despertam o desejo e a excitação ou levam mesmo a prazer sexual.

Na tua rotina sexual a dois, quão a tua pele, seios, nuca, coxas, vulva e clítoris (zonas convencionalmente mais erógenas) recebem atenção e estímulo?

 

Eu diria, então, que as mulheres heterossexuais são bem normais. Não se trata de falta de interesse sexual, é simplesmente a falta da estimulação certa . Afinal, quem é que quer mais de uma coisa que não lhe dá prazer, não é?

Acrescentaria que as mulheres, todas as mulheres, merecem o prazer, a libertação e a plenitude que vêm com o orgasmo.

Por isso, é preciso tornar o sexo mais interessante, do ponto de vista da resposta sexual feminina!  Confesso que é uma das inspirações principais do Retiro Orgasticah, começar por despertar os sentidos, soltar inibições para reconectares contigo, aumentares a tua libido e sentires-te merecedora de prazer!

 

Maximiza o prazer na cama: Desvendamos o poder da Dopamina

No contexto atual, em que muitas mulheres enfrentam uma baixa libido e falta de prazer na cama, é essencial compreender a fisiologia e os impactos da dopamina na experiência sexual. Isso pode fazer toda a diferença… para melhor!

Tenho contactado com muitas mulheres que acreditam ter um problema único, uma dificuldade em atingir orgasmos e uma falta de vontade para o sexo. Porém, é importante perceber que a falta de prazer feminino não se resume apenas ao que a mulher sente. É fundamental analisar a qualidade do sexo em que ela está envolvida.

Será que o sexo que praticas com o teu parceiro estimula verdadeiramente a tua resposta sexual ou, pelo contrário, anula o prazer? Quando a mulher tem de fazer um grande esforço para aumentar o seu prazer na relação sexual, isso acaba por desgastar a própria fisiologia do prazer.

O que quero dizer é que a probabilidade da tua fisiologia estar saudável é elevada, mas pode ser o esforço que aplicas à experiência sexual que está na origem do problema.

Mas o que é esse “esforço sexual”?

Quando o sexo é focado apenas na rápida e repetitiva fricção do pénis na vagina, num curto espaço de tempo, é natural que sintas pouco prazer ou até mesmo que não consigas atingir o orgasmo. Tentas adaptar-te a essa dinâmica sexual linear imposta pelo teu parceiro, fixando na tua mente a ideia de que precisas de atingir o orgasmo. No entanto, muitas vezes acontece precisamente o oposto: quanto mais pensas, menos consegues sentir.

Isso deixa uma marca na tua memória, associando o sexo a uma tarefa exigente e pouco gratificante. E, quando és convidada para um novo encontro sexual, essa previsibilidade anula o teu desejo.

É neste momento que assistir à tua série preferida, por exemplo, se torna mais interessante do que o sexo: não requer tanto esforço e os benefícios são mais garantidos.

Mas a dopamina é tua aliada!

A dopamina é o principal neurotransmissor do prazer sexual e atua através de um mecanismo de recompensa, procurando experiências prazerosas com o menor esforço possível.

Infelizmente, no sexo focado apenas na penetração e pouco estimulante para a mulher, acontece precisamente o oposto.

Para que a tua fisiologia do prazer seja ativada de forma natural, a dopamina precisa de perceber que a experiência sexual será recompensadora para ti.

Como fazer isso para ter mais prazer na cama?

Mudando a narrativa sobre o sexo. É importante alterar a forma como praticas o sexo, buscando uma experiência sexual positiva e gratificante, que inclua envolvimento íntimo calmo e não negligencie nenhuma parte do teu corpo. Aproveita ao máximo os teus cinco sentidos, pois eles aumentam as sensações associadas à excitação sexual.

Tu tens um papel ativo nesta mudança! Comunica as tuas preferências na cama, empodera-te sexualmente através do autoconhecimento, técnicas de cura e expansão da tua energia sexual. Descobre mais sobre estas práticas no Retiro Orgasticah e experimenta uma nova dimensão do prazer sexual feminino.

Não é só a sexualidade feminina que está condicionada

Se é verdade que é urgente a libertação sexual feminina, devido a séculos de castração, que deram origem a vários traumas e bloqueios sexuais e emocionais, a sexualidade masculina também carece de uma reconfiguração.

Culturalmente e nos comportamentos pessoais, observo múltiplas noções limitativas e estereótipos pouco capazes de expressar os vários ingredientes que o homem precisa para a sua satisfação e plenitude na intimidade.

Quer na pornografia, quer no cinema e meios de comunicação é retratado um homem musculado, ostentando sinais de status e com muita potência sexual. Esta é uma visão materialista e orientada para o resultado e o desempenho, em que agir é mais valorizado do que sentir.

Mas a realidade não tem de ser essa!

Sexualidade masculina: As consequências evidentes da sexualidade condicionada

 O sexo não é algo que se faz. É uma conexão que nutre e expande. Por isso, não tem a ver apenas com a função dos genitais.

Pede a abertura e a recetividade do coração. É a partir do coração que mostramos quem somos, podemos ligar-nos à outra pessoa e a conexão, que não é palpável mas sente-se, acontece.

Devido a condicionamentos culturais, sentir e expressar emoções é um território estranho ou desconfortável para a maioria dos homens. Está normalizado que os homens expressam fisicamente interesse e amor, o que muitas vezes, se limita ao sexo.

Mas estas crenças podem trazer consequências, sendo elas:

– Pressão para corresponder a todo o tempo ao ideal de homem forte e viril;
– Emoções reprimidas porque ser vulnerável não corresponde aos papéis masculinos;
– Carência de toque amoroso;
– Incapacidade persistente de gerir o ímpeto vulcânico da sua energia sexual, levando a relações sexuais de duração curta e sem ligação emocional;
– Excitação muito focada no aspeto visual, seja da parceira, seja com a pornografia;
– Motivação primária para o sexo é a descarga fisiológica da energia sexual;
– Parcerias sexuais pobres, com ausência de intimidade emocional e a consequente sensação de vazio.

Também por força dos papéis sociais, os homens foram impulsionados a agradar à mulher. Dessa forma, a satisfação dela ativa-lhes a força e o poder e sossega-lhes o medo predatório de perdê-la para outros homens.

Eis que, porém, se dá um desencontro fundamental: para sentir desejo sexual, a mulher precisa primeiro, geralmente, de sentir a ligação emocional, a troca empática e vulnerável, seja através de conversas, seja por meio de carícias e romance.

O que a Sexualidade Consciente oferece aos homens

A Sexualidade Consciente para os homens oferece a possibilidade de descoberta do próprio corpo e do seu órgão genital à luz de conceitos positivos, de ligação à energia erótica e ao sentir que é precisamente a chave para melhor conduzir a energia sexual e partilhar intimidade emocional.

Por fim, a adesão de mais homens a esta via de desenvolvimento pessoal está profundamente ligada à desvinculação a tabus e à abertura à noção de que todo o corpo foi feito para sentir prazer e que, se querem ser melhores amantes para si mesmos e nas suas parcerias, terão de trilhar o caminho da abertura do coração, da exposição vulnerável, da sensibilidade aos ritmos e necessidades da outra pessoa.

No fim, entenderão que isso também é ser viril.

Conhece os vários pontos de prazer na vagina

Conhece os vários pontos de prazer na vagina

Sabias que existem vários pontos de prazer na vagina, e não apenas o tão conhecido ponto G? Ao longo deste artigo vou falar-te um pouco deles.

Se a sexualidade feminina está longe de ter o estudo que a Ciência já dedicou à sexualidade masculina, nada fica mais perto desta afirmação que o (des)conhecimento do prazer através da vagina.

Tanto o Tantra como o Taoísmo e a sua derivada Medicina Tradicional Chinesa, referem a existência de pontos específicos na vagina que têm em comum a maior concentração de vasos sanguíneos e, assim, um maior potencial de dar prazer.

Mas não só. Dar visibilidade a estas zonas era importante para a educação da anatomia física e energética da mulher, bem como para a cura de bloqueios sexuais.

Pontos de prazer: O ponto sagrado, conhecido por G

Foi identificado no Ocidente como zona erógena pelo Dr. Grafenberg e está a cerca de 4 cm da entrada da vagina, na parede frontal.

Sabe-se que muda de aspeto com a excitação da mulher, provocando sensações similares à vontade de urinar. Isto deve-se ao facto deste ponto comunicar com a uretra. Existem diversos relatos de mulheres que, inclusive, expelem um fluído e pensam que é urina. Mesmo que a Ciência já tenha confirmado que o fluído não apresenta os componentes da urina, a crença mantém-se.

Os taoistas e os tântricos diziam que este ponto era sagrado e relatam a existência do tal fluído, chamando-o “Amrita” (que significa néctar, em sânscrito). Acreditavam que era a fonte da vitalidade e uma honra poder ter acesso a ele.

Associavam, igualmente, a sua estimulação ao desbloqueio sexual da mulher, ao promover a circulação da energia retida na vagina e na pélvis, pelo que desenvolveram uma massagem específica, com técnicas somáticas capazes de promover a libertação emocional e o acesso a memórias reprimidas.

Cérvix como portal da vida ou ponto C

O ponto C situa-se no orifício do cérvix e é formado por uma rede intrincada de terminações nervosas, capazes de gerar sensações intensas e prazerosas.

Porém, se a mulher não está bastante excitada ou não tem desejo sexual, qualquer tipo de toque ou penetração pode ser doloroso. Exames médicos tais como citologia, ecografia endovaginal, biópsia ou penetrações rápidas e fortes do pénis, contribuem para a tensão da área do cérvix.

A tensão gera uma sensação de adormecimento das sensações físicas e funciona como um mecanismo de proteção do corpo. Consequentemente, a possibilidade de sentir prazer fica comprometida.

Atividade dos bastidores ou ponto A

O ponto A corresponde à parede posterior da vagina que comunica com o períneo e o ânus. A sua textura assemelha-se à de uma esponja e pode dar bastante prazer, também, parecido às sensações do sexo anal.

Na verdade, as paredes do ânus são ricas em terminações nervosas e estimular o ponto A desencadeia sensações algo semelhantes às da estimulação anal.

Experimentar, experimentar, experimentar!

Conhecer estes pontos é empoderador: ativa a capacidade de autocura e de conhecer melhor a anatomia de prazer.

Podes experimentar a ativação destas áreas internas da vagina com a aplicação de vários níveis de pressão, velocidade e direção da estimulação: em círculos no sentido do relógio, oposto ao sentido do relógio, para os lados e em espiral.

Não há uma forma específica de tocar e massajar estes pontos, embora apenas um profissional disponha de técnicas ajustadas ao desbloqueio emocional e ativação do prazer, como através da massagem Yoni Healing .

Aprende a viver em função do teu desejo

Aprende a viver em função do teu desejo

Vives em função do desejo dos outros? Se a tua resposta foi afirmativa, quero dizer-te que a maioria das mulheres também dá essa resposta.

É um hábito e um costume que vêm do condicionamento social e cultural: és mulher, logo existes para servir.

Na sexualidade, esse servir traduz-se em satisfazer as necessidades e as vontades da pessoa com quem temos relações íntimas.

Como ter prazer sexual nestas condições? Não dá.
Não é o teu corpo que não responde convenientemente, não és tu que não és boa na cama.

É que tu não te escutas. É que tu não te conheces!

E eu vou mostrar-te como estou certa naquilo que te digo, e tu vais perceber que o desejo vai muito para lá daquilo que tu pensas. Continua a ler!

Desejo: A experiência não se mede pela quantidade

A ausência de educação sobre soberania e literacia corporal também não ajudam a que te compreendas. Devíamos ter sido ensinadas que o corpo só a nós nos pertence e que só nós sabemos o que fazer com ele.

É neste processo de contínua auto-aferição que vamos definindo gostos, limites e vontades, tais como ficar mais protegidas de abusos.

Dessa forma, a boa sexualidade não tem só a ver com mais experiência, pela quantidade de vezes que a praticas ou o número de parceiros que tiveste.

Podemos ter tido uma mão cheia de parceiros e ter descoberto pouco, porque não havia conexão na relação, porque não nos escutámos internamente.

A boa sexualidade é a que traz conexão, seja contigo, seja com a parceria, seja com o Divino.

Tudo começa no corpo

Começa por conhecer o teu corpo e por escutar as suas necessidades. Ao proveres as suas carências desenvolves, lentamente, o amor-próprio.

Assim, a partir da base inabalável de amor-próprio, torna-se mais fácil e natural reconheceres o que te dá prazer.

É também a partir da aceitação e da confiança pessoais que sentes segurança para explorar e tentar experimentar, com a intenção de saber o que gostas.

Questões para reflexão

Reserva um momento para ires dentro de ti e procurares respostas, sem te recriminares ou julgares:

  1. Fazes sexo porque te apetece?
  2. O sexo para ti é fonte de prazer ou é uma rotina mecânica?
  3. Fazes sexo porque tens um parceiro e disseram-te que é isso que tem de se fazer?
  4. Sentes que te anulas sexualmente ao teres os comportamentos sexuais que tens?

Por fim, desenvolver conscientemente a tua sexualidade passa por te despires perante ti mesma, ficares nua na tua verdade. Esta é a forma a partir da qual podes vestir-te, com o que melhor te representa e ter as experiências sexuais que realmente te definem e impulsionam a tua evolução. Só assim sentirás, realmente, desejo!

O caminho (certo) para o orgasmo

O caminho (certo) para o orgasmo

Ainda escuto muitas mulheres dizerem que a única recomendação que recebem, na consulta de Ginecologia, para ter o dito orgasmo é o famoso: “relaxe com um copinho de vinho”.
É certo que esta bebida é um vasodilatador, o que significa que ajuda a expandir os vasos sanguíneos. Dessa forma, o fluxo de sangue na região vulvar e vaginal será maior, aumentando as sensações e, potencialmente, o prazer.
Mas não podemos ficar por aqui. É preguiçoso, no mínimo. É, acima de tudo, uma desconsideração pelo prazer feminino.
Na visão tântrica e de Sexological Bodywork, que estão na base do meu trabalho, o auge da satisfação sexual precisa do envolvimento de todo o corpo, naquilo que são as suas funções naturais mas com um twist 😉
Continua a ler e descobre os 5 passos para ficares a conhecer as diversas sensações que o teu corpo te pode proporcionar.

Orgasmo prazeroso: 5 passos para desencadear e desfrutar da sensação

Ter orgasmos nem sempre é fácil para algumas mulheres, mas é possível para todas. Existem várias formas de atingi-los, e todas elas passam pelos passos que te vou dar a conhecer de seguida.

    1. Foca-te na respiração

      Sabe-se que a respiração gradualmente mais rápida e intensa ajuda a atingir mais rapidamente os orgasmos.
      Se além de chegar lá, queres prolongar o clímax de prazer, esta sofreguidão não basta. A sincronização da respiração a dois é mais eficaz. Faz-se com cada pessoa a respirar alternado: enquanto um inspira, o outro expira;

    2. Massaja as zonas erógenas

      As zonas erógenas não são só as zonas genitais. Tens no corpo inteiro áreas sensíveis, como o pescoço, o lobo das orelhas, a parte interna das coxas, entre outras.
      O toque nestas áreas provoca o desejo sexual. Então, não só nos preliminares mas também durante a relação sexual, envolve as tuas zonas erógenas com toques e massagens subtis e mais intensos, quer feitos por ti mesma, quer pela tua parceria;

    3. Solta sons

      Deixa que sons, como gemidos e suspiros, assim como os sons da respiração mais intensa, saiam pela tua garganta e boca relaxadas.
      Se travas este efeito natural da excitação sexual não ajudas a que o momento íntimo se torne mais intenso e a excitação mais grandiosa, os quais são meio caminho andado para o clímax;

    4. Usa o pompoarismo para chegar ao orgasmo

      O pompoarismo consiste num conjunto de técnicas milenares usadas no controlo e no fortalecimento dos músculos da vagina para aumentar o prazer sexual.
      Se as fizeres durante a relação sexual, quando estiveres bastante excitada, vais sentir como o orgasmo se torna mais fácil e prolongado;

    5. Trava, quando estiveres quase lá

      Interromper a escalada rumo ao clímax garante que, quando o atingires, vai ser bem mais intenso, profundo e prazeroso!
      Desacelera a respiração, relaxa a musculatura pélvica e faz menos movimentos por 30 a 45 segundos. Aproveita para respirar fundo, olhar e beijar a tua parceria e depois volta a intensificar e a acelerar a respiração e os movimentos.
      Repete este travão algumas vezes e depois deixa-te ir na intensidade e só paras no orgasmo.

A combinação destas técnicas fazem a diferença na satisfação sexual feminina, mas precisam que as experimentes e as repitas, até que sejam naturais para ti durante a relação sexual.
Se as dificuldades em atingir o orgasmo persistirem, não adies procurar ajuda especializada. Mereces o melhor prazer do mundo. Ele está só à tua espera!

O que fazer quando sabes que tens um bloqueio sexual

O que fazer quando sabes que tens um bloqueio sexual

“O que fazer quando sinto um bloqueio sexual?” é das perguntas que mais recebo. Vêm, principalmente, de mulheres que o sentem há muito tempo.

A sexualidade ainda não é um assunto de que se fale normalmente, nem como indicador de bem-estar e de felicidade.

Isto porque o corpo feminino é, há séculos, alvo de objetificação sexual e de atenção apenas pela função reprodutora.

É por isso que o número de casos de abuso sexual se mantém, persistentemente, em 1 em cada 5 meninas.

Continua a ler este meu artigo e compreende de que forma podes resolver o bloqueio sexual que tens em ti.

Bloqueio sexual: O que cada mulher pode fazer sozinha

É natural que, sem um acompanhamento especializado, existam coisas a que não damos relevância ou, pelo contrário, de que temos medo, baseadas em preconceitos, de procurar ajuda.

Considera que há informação sobre as causas do bloqueio sexual a que podes não estar a aceder porque, para te manteres funcional, o cérebro apagou essas memórias. Contudo, o corpo guarda.

A abordagem somática e holística na sexualidade é, por isso, essencial. Favorece a harmonia alinhada entre corpo, mente e emoções, sendo que primeiro ajuda a tornar conscientes várias experiências somáticas, associadas a eventos traumáticos ou a emoções presas.

“Mas por onde posso começar para perceber se tenho algum bloqueio?”, perguntas-me.

Compreender a forma como foste educada na sexualidade e no género, bem como revisitar a tua história íntima são dois passos reveladores.

Perguntas para auto-exploração
1. Ao cresceres, o que te disseram acerca de ser mulher?
2. Quem te contou o que era o sexo e como o fez?
3. Alguma vez interromperam um momento íntimo que estavas a ter, como o do toque erótico ou masturbação, e tiveram atitudes depreciativas e julgadoras?
4. Qual a data da tua menarca (primeira hemorragia menstrual), o que sentiste e quem estava contigo?
5. Descreve a tua primeira experiência sexual com penetração: com quem foi, qual a relação que tinham, o que sentiste, o que a outra pessoa sentiu, fez e comunicou?

Não precisas de responder a todas as perguntas de uma só vez. Aconselho, até, que te demores alguns dias ou semanas para que possas aceder a mais detalhes.

Como não se fala recorrentemente de sexualidade, é natural que, ao abrires a porta ao tema, os episódios se tornem mais vividos com o passar dos dias.

Estas são apenas algumas das perguntas que convém trazer à luz, pois dão-te já pistas relevantes para o grau de bloqueio que podes ter.

Atenção focada no corpo

A partir da mulher que és hoje, vais ler as tuas narrativas íntimas, estando atenta ao que essas frases e certas palavras geram, a nível de sensações, no teu corpo.

Permite-te ficar triste, sentir alívio ou vergonha, isto é, observa que emoções e sentimentos vêm juntos com as sensações físicas da leitura das tuas respostas.

É assim que podes percecionar os reais impactos que teve em ti o que te aconteceu.

Reescrita empoderadora da tua narrativa íntima

É a partir da verdade do corpo que podes reconstruir uma narrativa íntima empoderadora.

Isto não significa colocar filtros cor-de-rosa na tua visão acerca do passado. Trata-se de entender como podem ter sido algumas emoções, que não te permitem ver com mais justiça uma atitude de apoio ou de entender que foi preciso coragem para lidares com uma certa situação.

É curador e libertador revisitar a história íntima porque a repressão bateu-nos a todas. Não são apenas os abusos físicos aqueles que deixam repercussões no corpo e na psique da mulher. Às vezes, basta um comentário depreciativo acerca das formas do corpo, uma mentira ou uma proibição de fazer algo que sabe bem e que é natural.

Integrar a história pessoal é reconhecer e aceitar de onde vimos. Aceitar não é concordar! Aceitar é soltar o passado e abrir-nos ao presente.

Caso não te sintas capaz de dar individualmente estes passos ou se ficaste sem saber o que fazer com as respostas a que acedeste, considera a minha ajuda na integração de comportamentos sexuais positivos e empoderadores.

Diz adeus ao bloqueio sexual que sentes que trava a tua vida sexual!

Porque não consegues chegar ao orgasmo?

Porque não consegues chegar ao orgasmo

Muitas são as mulheres que têm dúvidas quanto à fase mais potente de acumulação de energia de excitação sexual: o orgasmo.

Até porque cerca de 70% atinge-o através de estimulação do clítoris e não da penetração vaginal.

Primeiro, precisamos desmistificar a que te referes quando dizes não ter orgasmos: é no sexo com penetração? É na estimulação do clítoris? Nessa estimulação do clítoris, é quando outra pessoa estimula ou também acontece quando tu o estimulas? É sempre? Ou às vezes?

Vou falar-te um pouco sobre todos esses porquês ao longo deste artigo. Continua a ler!

Orgasmo: Só há um tipo, mas são muitas as formas de chegar lá

Hoje a ciência sabe que o clítoris não é apenas a parte visível na púbis. Este órgão é composto por uma estrutura de dois bolbos que envolve o canal vaginal, o cérvix e o útero.

Isto significa que o clítoris é sempre responsável pelo clímax da mulher, de maneira direta ou indireta.

Todas as maneiras são válidas, o que significa que, se durante a penetração sexual, precisas de ter estimulação clitoriana, quando só tu mesma te estimulas ou, pelo contrário, só a tua parceria.

A intensidade das sensações também pode variar, é natural. O orgasmo não é apenas sentido como se fosse um terramoto ou um espetáculo de fogo-de-artifício. Pode ser mais subtil, ligeiro, de duração mais curta ou longa.

Porque é que há mulheres que conseguem ter orgasmos no sexo penetrativo?

Destaco as principais razões:

– Anatomias íntimas diversas – mulheres com estruturas clitorianas mais desenvolvidas, podem acumular mais sensações de excitação as quais envolvem a vagina;

– Duração da fase de excitação – sendo o orgasmo a libertação de energia acumulada, quanto mais energia for gerada através da excitação sexual (que pode começar fora da cama e bem antes da relação sexual), mais probabilidade há da excitação, fisiologicamente, irrigar o canal vaginal de sangue e oxigénio, aumentando a sensibilidade e a própria dimensão do canal, para penetrações mais profundas;

– Assoalho pélvico tonificado – garante que não há bloqueio da energia sexual e que, deste modo, esta pode circular por toda a pélvis e partes ascendentes do corpo, o que facilita o clímax.

Quando não chegas ao orgasmo de maneira nenhuma

Estima-se que seja o caso de 10% das mulheres. Os principais fatores têm a ver com:

– Falta de conhecimento – da genitália, das posições mais favoráveis para si, dos estímulos sexuais que mais potenciam a sua excitação;

– Pouco à vontade com o corpo – seja devido a falta de aceitação da imagem corporal, seja por pudor e tabu ou ainda devido a memórias de bullying;

– Dissociação – é comum a mulher desligar-se do corpo e focar-se nos pensamentos que nada têm a ver com o momento íntimo, sobretudo quando tem altos níveis de stress ou um quadro de bloqueio sexual.

– Medo da entrega – a relação sexual é um ato de vulnerabilidade, quer a dois, quer a solo. Implica deixar que outra pessoa veja as partes mais vulneráveis e as mais belas de nós mesmas, ver as da outra pessoa, bem como lidar com o mistério: não seremos a mesma pessoa no final, essa é a única garantia do sexo.

Por tudo isto, costumo afirmar que o desenvolvimento pessoal associado ao autoconhecimento erótico e sexual é a única via que conheço com resultados integrais. É a maneira não só de nos tornarmos melhores amantes, mas também de criarmos a vida que nos realizará, baseada na aplicação das nossas qualidades e dons!

Tudo sobre a Reflexologia Sexual

Tudo sobre a Reflexologia Sexual

O termo Reflexologia Sexual diz-te alguma coisa? Quando temos a energia retida na pélvis e/ou estamos dissociados do corpo, podem acontecer as seguintes consequências:

– Falta de desejo sexual;
– Incapacidade de atingir o clímax/orgasmo;
– Vergonha de praticar a masturbação;
– Inibições quanto ao corpo;
– Medo da vulnerabilidade e da entrega;
– Racionalização ou supressão das emoções (para não as sentir);

– Dificuldade em iniciar ou manter relações íntimas;
– Incapacidade de expressar a voz e fazer-se ouvir;
– Apego às memórias (mesmo que difíceis) do passado;
– Doenças do foro ginecológico (a nível do segundo e quarto chackras).

Talvez nem te tivessem ainda apercebido que se passam algumas destas situações contigo e que a Reflexologia Sexual te pode ajudar. Como? Continua a ler e descobre!

Reflexologia Sexual: A relação entre a energia, as emoções e os órgãos

Os Taoistas entendiam que o corpo humano não podia existir se não tivesse um fornecimento contínuo de energia para os órgãos e tecidos. Viam que a saúde era mantida quando a energia corporal estava equilibrada e que a doença ocorria quando a energia estava fraca ou esgotada.

Para o Taoísmo, as sete glândulas do corpo (pineal, pituitária, tiróide, timo, pâncreas, adrenais e sexuais), cujo termo moderno é Sistema Endócrino, eram os sete centros de energia que regulavam o fluxo de energia nos vários sistemas do corpo e eram determinantes para um bom sistema imunitário, a nossa base.

O que muita gente não sabe é que os órgãos têm correspondência com as emoções. Explico-te de seguida como:
– Os seios correspondem ao amor e aos relacionamentos;
– Os rins têm relação com o medo;
– O fígado diz respeito ao ódio/raiva;
– O pâncreas corresponde à culpa;
– A bexiga relaciona-se com a zanga e o medo de dar o próximo passo e/ou largar algo.

Dado que a energia sexual é a mais forte no corpo, cedo associaram à reflexologia os órgãos genitais.

Como podemos ver na imagem acima:

Na genitália feminina, os rins correspondem ao primeiro terço do canal vaginal; o fígado ao segundo terço e no terço final temos o baço e o pâncreas, sendo que localizado no cérvix ou colo do útero temos as energias correspondentes ao coração e aos pulmões.

Para alguns órgãos, há diferenças na localização no genital masculino.

Praticar este tipo de reflexologia é cuidar da energia física e da energia emocional, individual e da própria relação amorosa.

Saiba mais sobre o ponto essencial deste tratamento

O ponto mais potente para a troca de energia amorosa e desbloqueio emocional é o cérvix/colo do útero, na mulher e a glande do pénis, no homem.

Por isso, as penetrações profundas (feitas sem demasiada força e rapidez) são altamente curadoras para ambos os parceiros, numa relação heterossexual. Nas homossexuais, os dedos ou dildos/vibradores podem fazer esse trabalho.

O cérvix representa a forma como, a partir do presente, semeamos o futuro.

Se tens dor no cérvix quando tocado ou após as relações sexuais, convém reteres a leitura da medicina energética desse sintoma:

A cervicite representa zanga, raiva, ferida interior de desamor (porque se dá mais do que se recebe).

Um toque que cura

Nos momentos de auto-toque e de estimulação a dois – manual ou peniana – habitua-te a dedicar algum do tempo ao toque na entrada da vagina (vestíbulo), no primeiro terço e no último.

Podes fazê-lo pressionando com o dedo por alguns segundos, massajando com movimentos circulares pequenos e maiores, com movimentos na vertical (para cima e para baixo), devagar ou percorrendo a totalidade das paredes vaginais.

Conseguiste perceber a importância que a Reflexologia Sexual pode ter no teu corpo? Se te identificaste com alguma das questões que destaquei em cima, procura experimentar. Podes contar comigo para te ajudar nesta e noutras questões!

Quando o sexo é a cura

Quando o sexo é a cura

Quando falamos de energia na sexualidade, estamos a pensar na atração entre duas pessoas. Isso faz com que, geralmente, fiquemos aquém do verdadeiro poder de ativar a energia sexual, de atingirmos a cura.

Neste artigo, conhecerás algumas situações mais limitantes na sexualidade e os benefícios de desenvolveres a dimensão energética na intimidade.

Continua a ler!

Cura: A sexualidade é pouco explorada devido a crenças limitantes

Quando falamos de cura, temos de passar obrigatoriamente pelas crenças. São elas que nos condicionam e impedem de viver a sexualidade em plenitude. As que mais se destacam na narrativa das mulheres são, sem dúvida:

1 – Não exploro a minha sexualidade porque não estou numa relação

A crença de que a sexualidade feminina só serve para servir uma relação, condiciona a capacidade de desenvolver literacia corporal, amor-próprio e equilíbrio. Há muitos aspetos da anatomia íntima, de saber proteger os limites e de expressar a voz que se pode dominar através da relação fluida e aberta com o corpo.

2 – É normal as mulheres terem pouco desejo sexual

Sim, é normal devido aos fatores de socialização: a educação para ser a “boa esposa e mãe” e para esperar pelo “homem certo”, a objetificação a que é sujeita a sensualidade, a falta de erotismo e romance nas relações após a fase inicial, a acumulação de papéis, sem alívio na carga de tarefas, e o cansaço que daí advém, entre outros.

Mas não, não é natural! A libido na mulher apresenta um padrão cíclico, com picos de montanha, vales e planícies, capazes de proporcionar fases de libido bem elevada e diferentes níveis de prazer.

Como a dimensão energética pode facilitar a cura

A Sexualidade Consciente encara o corpo com quatro dimensões principais: a física, a emocional, a mental/intelectual e a energética/espiritual.

A genitália não é só para sexo e reprodução. É também o que, no físico, possibilita a criação e nos mantém no momento presente.
O coração não está só ligado às emoções. É também o centro da inteligência erótica, que nos permite desenvolver a apreciação e explorar a imaginação.

A energia sexual deve poder circular pelo corpo porque ajuda à materialização da nossa essência. Ela ajuda a manter a harmonia e o florescimento dos relacionamentos íntimos e apoia os processos de transformação e desenvolvimento. Serve para nos darmos à luz!

O corpo comunica entre si e, se teve algum desequilíbrio psicossomático, isto é, quando o psicológico age sobre o corpo fazendo com que ele exprima sinais clínicos físicos, já sentiu o poder da ligação entre as emoções e o corpo.

Assim, as mulheres que procuram os meus serviços costumam reportar-me um exemplo clássico desta situação: chorar após o orgasmo e como isso é visto como estranho por elas e pelos parceiros, além da aflição de temer que algo de errado se passe.

No fundo, é uma resposta benéfica: trata-se de uma libertação emocional, nada mais do que soltar emoções retidas no passado (mesmo o mais recente). Sinaliza também que a energia sexual chegou até ao centro emocional e erótico do corpo e não ficou retida na pélvis.

Por fim, a cura na sexualidade permite, além da referida libertação emocional ou de bloqueio físico, o reforço da ligação entre os amantes e a sensação de que a intimidade é uma mais-valia na vida, e o prazer é um direito e uma medicina.

As atitudes que te estão a impedir de teres mais desejo sexual

O tema do desejo sexual afeta a maioria das mulheres. Se, por um lado, é natural existirem oscilações a nível da libido, por outro, não é normal julgar-se que as mulheres – só por serem mulheres – têm menos desejo no que toca à sexualidade.

Isso não é verdade! No entanto, há certas noções erradas e que, por isso, devem ser reformuladas. São várias as mulheres que chegam até mim com esta questão e tu podes ter a mesma visão da realidade no que toca ao tema. Por isso, presta atenção aos próximos tópicos!

Desejo sexual: Não existe um botão automático para o desenvolveres

O desejo sexual é visto como um botão automático, contudo não é assim tão simples, pois o que ativa o desejo é complexo. Isso não significa que seja complicado, ok?

Há que ter em conta fatores como: bem-estar físico e emocional, experiências, crenças, estilo de vida, a tua relação atual e o impacto de relações anteriores, assim como situações traumáticas ou abusivas.

Não pensar em sexo ou não sentir com desejo e prazer crescentes estímulos sensoriais íntimos tem sobretudo a ver com a bagagem que o corpo carrega: emoções reprimidas, histórias não ultrapassadas, dores abafadas, mal-estar pessoal ou com a relação, entre outros.

Outro erro é não ter em conta as mudanças!

Costuma ser mais fácil as mulheres pensarem que são más na cama do que considerarem que as diferentes fases de vida e a dimensão psicológica impactam a libido.

Já se vai falando mais do quanto as mudanças hormonais, que acontecem na gravidez, no puerpério, na menopausa, no uso de contraceção hormonal, trazem alterações à libido, no entanto o mesmo não acontece com outros temas.

A baixa autoestima, a imagem corporal desfavorecida, a ansiedade, o stress, a falta de conexão com a parceria, as discussões, os conflitos não resolvidos, a falta de comunicação e a confiança frágil são ainda temas que desvalorizamos, e tal não deveria acontecer!

A reter: na sexualidade, há que adereçar a ligação corpo-mente, ou seja, como processas os eventos íntimos e do dia a dia, cognitiva e fisiologicamente.

Faz-te sentido? Então continua a ler e fica a perceber o que deves fazer para desenvolveres o teu desejo sexual sem tabus.

O que deves fazer para desenvolvê-lo

Seja qual for o teu estado de espírito, físico ou emocional, a verdade é que para que o teu desejo sexual se desenvolva existem pelo menos dois pontos que devem estar presentes. São eles:

  1. Ser recetiva à interação sexual mesmo sem desejo

“Como assim?!”, estás tu a pensar.

Atenção: não estou a falar de sacrifício ou cedência só para agradar a parceria ou cumprir uma tarefa.

O que quero dizer é que, na maioria das vezes, é natural a falta de condições ideais para a relação sexual, sobretudo nos relacionamentos longos. O que costuma fazer com que se adie ou que se esqueça, porque as pessoas acreditam que tem de haver essas condições perfeitas.

O que realmente interessa é, no final da relação sexual, sentir que não te arrependeste!

Esta atitude ajuda a desconstruir o ideal do momento perfeito para a intimidade e mostra-te, na prática, que o corpo pode comandar e a cabeça ir atrás (desligando, que é como ela está bem nestes momentos).

  1. O corpo inteiro responde favoravelmente a estímulos eróticos, não só os genitais

Nem estou a falar só das zonas erógenas. É literalmente o corpo todo, cada uma de nós com as suas preferências.

Porém, só mudar o hábito e dar mais atenção (e tempo) às zonas erógenas e não lhes passar de raspão, já é uma mudança favorável. Lê aqui uma prática de toque sensual e deixa o teu desejo sexual falar por ti!  Vamos experimentar?

Esclarecimento de dúvidas

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