O caminho (certo) para o orgasmo

O caminho (certo) para o orgasmo

Ainda escuto muitas mulheres dizerem que a única recomendação que recebem, na consulta de Ginecologia, para ter o dito orgasmo é o famoso: “relaxe com um copinho de vinho”.
É certo que esta bebida é um vasodilatador, o que significa que ajuda a expandir os vasos sanguíneos. Dessa forma, o fluxo de sangue na região vulvar e vaginal será maior, aumentando as sensações e, potencialmente, o prazer.
Mas não podemos ficar por aqui. É preguiçoso, no mínimo. É, acima de tudo, uma desconsideração pelo prazer feminino.
Na visão tântrica e de Sexological Bodywork, que estão na base do meu trabalho, o auge da satisfação sexual precisa do envolvimento de todo o corpo, naquilo que são as suas funções naturais mas com um twist 😉
Continua a ler e descobre os 5 passos para ficares a conhecer as diversas sensações que o teu corpo te pode proporcionar.

Orgasmo prazeroso: 5 passos para desencadear e desfrutar da sensação

Ter orgasmos nem sempre é fácil para algumas mulheres, mas é possível para todas. Existem várias formas de atingi-los, e todas elas passam pelos passos que te vou dar a conhecer de seguida.

    1. Foca-te na respiração

      Sabe-se que a respiração gradualmente mais rápida e intensa ajuda a atingir mais rapidamente os orgasmos.
      Se além de chegar lá, queres prolongar o clímax de prazer, esta sofreguidão não basta. A sincronização da respiração a dois é mais eficaz. Faz-se com cada pessoa a respirar alternado: enquanto um inspira, o outro expira;

    2. Massaja as zonas erógenas

      As zonas erógenas não são só as zonas genitais. Tens no corpo inteiro áreas sensíveis, como o pescoço, o lobo das orelhas, a parte interna das coxas, entre outras.
      O toque nestas áreas provoca o desejo sexual. Então, não só nos preliminares mas também durante a relação sexual, envolve as tuas zonas erógenas com toques e massagens subtis e mais intensos, quer feitos por ti mesma, quer pela tua parceria;

    3. Solta sons

      Deixa que sons, como gemidos e suspiros, assim como os sons da respiração mais intensa, saiam pela tua garganta e boca relaxadas.
      Se travas este efeito natural da excitação sexual não ajudas a que o momento íntimo se torne mais intenso e a excitação mais grandiosa, os quais são meio caminho andado para o clímax;

    4. Usa o pompoarismo para chegar ao orgasmo

      O pompoarismo consiste num conjunto de técnicas milenares usadas no controlo e no fortalecimento dos músculos da vagina para aumentar o prazer sexual.
      Se as fizeres durante a relação sexual, quando estiveres bastante excitada, vais sentir como o orgasmo se torna mais fácil e prolongado;

    5. Trava, quando estiveres quase lá

      Interromper a escalada rumo ao clímax garante que, quando o atingires, vai ser bem mais intenso, profundo e prazeroso!
      Desacelera a respiração, relaxa a musculatura pélvica e faz menos movimentos por 30 a 45 segundos. Aproveita para respirar fundo, olhar e beijar a tua parceria e depois volta a intensificar e a acelerar a respiração e os movimentos.
      Repete este travão algumas vezes e depois deixa-te ir na intensidade e só paras no orgasmo.

A combinação destas técnicas fazem a diferença na satisfação sexual feminina, mas precisam que as experimentes e as repitas, até que sejam naturais para ti durante a relação sexual.
Se as dificuldades em atingir o orgasmo persistirem, não adies procurar ajuda especializada. Mereces o melhor prazer do mundo. Ele está só à tua espera!

Porque não consegues chegar ao orgasmo?

Porque não consegues chegar ao orgasmo

Muitas são as mulheres que têm dúvidas quanto à fase mais potente de acumulação de energia de excitação sexual: o orgasmo.

Até porque cerca de 70% atinge-o através de estimulação do clítoris e não da penetração vaginal.

Primeiro, precisamos desmistificar a que te referes quando dizes não ter orgasmos: é no sexo com penetração? É na estimulação do clítoris? Nessa estimulação do clítoris, é quando outra pessoa estimula ou também acontece quando tu o estimulas? É sempre? Ou às vezes?

Vou falar-te um pouco sobre todos esses porquês ao longo deste artigo. Continua a ler!

Orgasmo: Só há um tipo, mas são muitas as formas de chegar lá

Hoje a ciência sabe que o clítoris não é apenas a parte visível na púbis. Este órgão é composto por uma estrutura de dois bolbos que envolve o canal vaginal, o cérvix e o útero.

Isto significa que o clítoris é sempre responsável pelo clímax da mulher, de maneira direta ou indireta.

Todas as maneiras são válidas, o que significa que, se durante a penetração sexual, precisas de ter estimulação clitoriana, quando só tu mesma te estimulas ou, pelo contrário, só a tua parceria.

A intensidade das sensações também pode variar, é natural. O orgasmo não é apenas sentido como se fosse um terramoto ou um espetáculo de fogo-de-artifício. Pode ser mais subtil, ligeiro, de duração mais curta ou longa.

Porque é que há mulheres que conseguem ter orgasmos no sexo penetrativo?

Destaco as principais razões:

– Anatomias íntimas diversas – mulheres com estruturas clitorianas mais desenvolvidas, podem acumular mais sensações de excitação as quais envolvem a vagina;

– Duração da fase de excitação – sendo o orgasmo a libertação de energia acumulada, quanto mais energia for gerada através da excitação sexual (que pode começar fora da cama e bem antes da relação sexual), mais probabilidade há da excitação, fisiologicamente, irrigar o canal vaginal de sangue e oxigénio, aumentando a sensibilidade e a própria dimensão do canal, para penetrações mais profundas;

– Assoalho pélvico tonificado – garante que não há bloqueio da energia sexual e que, deste modo, esta pode circular por toda a pélvis e partes ascendentes do corpo, o que facilita o clímax.

Quando não chegas ao orgasmo de maneira nenhuma

Estima-se que seja o caso de 10% das mulheres. Os principais fatores têm a ver com:

– Falta de conhecimento – da genitália, das posições mais favoráveis para si, dos estímulos sexuais que mais potenciam a sua excitação;

– Pouco à vontade com o corpo – seja devido a falta de aceitação da imagem corporal, seja por pudor e tabu ou ainda devido a memórias de bullying;

– Dissociação – é comum a mulher desligar-se do corpo e focar-se nos pensamentos que nada têm a ver com o momento íntimo, sobretudo quando tem altos níveis de stress ou um quadro de bloqueio sexual.

– Medo da entrega – a relação sexual é um ato de vulnerabilidade, quer a dois, quer a solo. Implica deixar que outra pessoa veja as partes mais vulneráveis e as mais belas de nós mesmas, ver as da outra pessoa, bem como lidar com o mistério: não seremos a mesma pessoa no final, essa é a única garantia do sexo.

Por tudo isto, costumo afirmar que o desenvolvimento pessoal associado ao autoconhecimento erótico e sexual é a única via que conheço com resultados integrais. É a maneira não só de nos tornarmos melhores amantes, mas também de criarmos a vida que nos realizará, baseada na aplicação das nossas qualidades e dons!

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