Tudo sobre a Reflexologia Sexual

Tudo sobre a Reflexologia Sexual

O termo Reflexologia Sexual diz-te alguma coisa? Quando temos a energia retida na pélvis e/ou estamos dissociados do corpo, podem acontecer as seguintes consequências:

– Falta de desejo sexual;
– Incapacidade de atingir o clímax/orgasmo;
– Vergonha de praticar a masturbação;
– Inibições quanto ao corpo;
– Medo da vulnerabilidade e da entrega;
– Racionalização ou supressão das emoções (para não as sentir);

– Dificuldade em iniciar ou manter relações íntimas;
– Incapacidade de expressar a voz e fazer-se ouvir;
– Apego às memórias (mesmo que difíceis) do passado;
– Doenças do foro ginecológico (a nível do segundo e quarto chackras).

Talvez nem te tivessem ainda apercebido que se passam algumas destas situações contigo e que a Reflexologia Sexual te pode ajudar. Como? Continua a ler e descobre!

Reflexologia Sexual: A relação entre a energia, as emoções e os órgãos

Os Taoistas entendiam que o corpo humano não podia existir se não tivesse um fornecimento contínuo de energia para os órgãos e tecidos. Viam que a saúde era mantida quando a energia corporal estava equilibrada e que a doença ocorria quando a energia estava fraca ou esgotada.

Para o Taoísmo, as sete glândulas do corpo (pineal, pituitária, tiróide, timo, pâncreas, adrenais e sexuais), cujo termo moderno é Sistema Endócrino, eram os sete centros de energia que regulavam o fluxo de energia nos vários sistemas do corpo e eram determinantes para um bom sistema imunitário, a nossa base.

O que muita gente não sabe é que os órgãos têm correspondência com as emoções. Explico-te de seguida como:
– Os seios correspondem ao amor e aos relacionamentos;
– Os rins têm relação com o medo;
– O fígado diz respeito ao ódio/raiva;
– O pâncreas corresponde à culpa;
– A bexiga relaciona-se com a zanga e o medo de dar o próximo passo e/ou largar algo.

Dado que a energia sexual é a mais forte no corpo, cedo associaram à reflexologia os órgãos genitais.

Como podemos ver na imagem acima:

Na genitália feminina, os rins correspondem ao primeiro terço do canal vaginal; o fígado ao segundo terço e no terço final temos o baço e o pâncreas, sendo que localizado no cérvix ou colo do útero temos as energias correspondentes ao coração e aos pulmões.

Para alguns órgãos, há diferenças na localização no genital masculino.

Praticar este tipo de reflexologia é cuidar da energia física e da energia emocional, individual e da própria relação amorosa.

Saiba mais sobre o ponto essencial deste tratamento

O ponto mais potente para a troca de energia amorosa e desbloqueio emocional é o cérvix/colo do útero, na mulher e a glande do pénis, no homem.

Por isso, as penetrações profundas (feitas sem demasiada força e rapidez) são altamente curadoras para ambos os parceiros, numa relação heterossexual. Nas homossexuais, os dedos ou dildos/vibradores podem fazer esse trabalho.

O cérvix representa a forma como, a partir do presente, semeamos o futuro.

Se tens dor no cérvix quando tocado ou após as relações sexuais, convém reteres a leitura da medicina energética desse sintoma:

A cervicite representa zanga, raiva, ferida interior de desamor (porque se dá mais do que se recebe).

Um toque que cura

Nos momentos de auto-toque e de estimulação a dois – manual ou peniana – habitua-te a dedicar algum do tempo ao toque na entrada da vagina (vestíbulo), no primeiro terço e no último.

Podes fazê-lo pressionando com o dedo por alguns segundos, massajando com movimentos circulares pequenos e maiores, com movimentos na vertical (para cima e para baixo), devagar ou percorrendo a totalidade das paredes vaginais.

Conseguiste perceber a importância que a Reflexologia Sexual pode ter no teu corpo? Se te identificaste com alguma das questões que destaquei em cima, procura experimentar. Podes contar comigo para te ajudar nesta e noutras questões!

Quando o sexo é a cura

Quando o sexo é a cura

Quando falamos de energia na sexualidade, estamos a pensar na atração entre duas pessoas. Isso faz com que, geralmente, fiquemos aquém do verdadeiro poder de ativar a energia sexual, de atingirmos a cura.

Neste artigo, conhecerás algumas situações mais limitantes na sexualidade e os benefícios de desenvolveres a dimensão energética na intimidade.

Continua a ler!

Cura: A sexualidade é pouco explorada devido a crenças limitantes

Quando falamos de cura, temos de passar obrigatoriamente pelas crenças. São elas que nos condicionam e impedem de viver a sexualidade em plenitude. As que mais se destacam na narrativa das mulheres são, sem dúvida:

1 – Não exploro a minha sexualidade porque não estou numa relação

A crença de que a sexualidade feminina só serve para servir uma relação, condiciona a capacidade de desenvolver literacia corporal, amor-próprio e equilíbrio. Há muitos aspetos da anatomia íntima, de saber proteger os limites e de expressar a voz que se pode dominar através da relação fluida e aberta com o corpo.

2 – É normal as mulheres terem pouco desejo sexual

Sim, é normal devido aos fatores de socialização: a educação para ser a “boa esposa e mãe” e para esperar pelo “homem certo”, a objetificação a que é sujeita a sensualidade, a falta de erotismo e romance nas relações após a fase inicial, a acumulação de papéis, sem alívio na carga de tarefas, e o cansaço que daí advém, entre outros.

Mas não, não é natural! A libido na mulher apresenta um padrão cíclico, com picos de montanha, vales e planícies, capazes de proporcionar fases de libido bem elevada e diferentes níveis de prazer.

Como a dimensão energética pode facilitar a cura

A Sexualidade Consciente encara o corpo com quatro dimensões principais: a física, a emocional, a mental/intelectual e a energética/espiritual.

A genitália não é só para sexo e reprodução. É também o que, no físico, possibilita a criação e nos mantém no momento presente.
O coração não está só ligado às emoções. É também o centro da inteligência erótica, que nos permite desenvolver a apreciação e explorar a imaginação.

A energia sexual deve poder circular pelo corpo porque ajuda à materialização da nossa essência. Ela ajuda a manter a harmonia e o florescimento dos relacionamentos íntimos e apoia os processos de transformação e desenvolvimento. Serve para nos darmos à luz!

O corpo comunica entre si e, se teve algum desequilíbrio psicossomático, isto é, quando o psicológico age sobre o corpo fazendo com que ele exprima sinais clínicos físicos, já sentiu o poder da ligação entre as emoções e o corpo.

Assim, as mulheres que procuram os meus serviços costumam reportar-me um exemplo clássico desta situação: chorar após o orgasmo e como isso é visto como estranho por elas e pelos parceiros, além da aflição de temer que algo de errado se passe.

No fundo, é uma resposta benéfica: trata-se de uma libertação emocional, nada mais do que soltar emoções retidas no passado (mesmo o mais recente). Sinaliza também que a energia sexual chegou até ao centro emocional e erótico do corpo e não ficou retida na pélvis.

Por fim, a cura na sexualidade permite, além da referida libertação emocional ou de bloqueio físico, o reforço da ligação entre os amantes e a sensação de que a intimidade é uma mais-valia na vida, e o prazer é um direito e uma medicina.

Como desenvolver a sexualidade sem sexo?

Como desenvolver a sexualidade sem sexo

Se começarmos por perceber que a sexualidade não anda à volta apenas do contacto sexual com uma parceira, vamos perceber muitas outras coisas! Há uma crença que se instala que, se não estivermos atentas, pode trazer consequências para a vida sexual: a de que se não estamos a ter sexo, não estamos a ter vida sexual.

E é para desmistificar esta crença que te trago este artigo hoje. Vou falar-te um pouco mais sobre o tema, para que compreendas que a vida sexual é um A a Z de possibilidades.

Continua a ler!

Sexualidade não é só sexo

Em 2002, a Organização Mundial de Saúde definia assim a Sexualidade: “(…) é um aspeto central do ser humano ao longo da vida e inclui o sexo, o género, as identidades e os papéis, a orientação sexual, o erotismo, o prazer, a intimidade e a reprodução. A sexualidade é experienciada e expressa através de pensamentos, de fantasias, de desejos, de crenças, de atitudes, de valores, de comportamentos, de práticas, de papéis e de relações.”

A vida sexual é um mundo! Neste artigo, destaco-te algumas práticas essenciais para abraçares a tua sexualidade integralmente:

  1. Lista as coisas boas que o teu corpo já vivenciou para aprimorar a sexualidade

Já reparaste que temos tendência para enfatizar o que correu menos bem e as experiências negativas? É uma pré-programação do cérebro para não pôr em risco a sobrevivência, mas, na realidade, ela não está assim tão ameaçada hoje em dia e o prazer precisa de conexão ao que faz sentir bem.

– Faz uma lista de todas as coisas boas que o teu corpo já sentiu: aquele abraço, a brisa morna de verão a tocar-lhe as costas, o corpo da tua parceria colado ao teu, o cheiro do teu bebé, a textura do teu tecido preferido são alguns exemplos.
Acolhe o simples, o banal, o que acontece sem fazeres até nada por isso. Esta prática tem o poder incrível de exercitar a tua mente para focar-se no bom em geral e no bom presente, mesmo em condições adversas.

  1. Dá uma atenção extra aos sentimentos e paixões

Tens direito a ter paixões e a dedicar-te a elas, seja nos tempos livres (que até podes “roubar” aos momentos em família), seja largando certos deveres e contratos.

Por outro lado, é fundamental não reprimir certas emoções, porque isso vai reprimir o prazer também. Chorar é catártico, estar triste faz-nos perceber o que é importante para nós, sentir medo mostra-nos a vulnerabilidade.

– Percebe quando um sentimento aflora, quão o abafas e tentas controlar. Respira fundo, relaxa e sente-o inteiramente.
– Depois, percebe como ele passou e estás pronta para sentires outros sentimentos.

  1. Desenvolve a intimidade no plural 

A intimidade é dar-se a conhecer e querer conhecer a outra pessoa, mas isso não significa apenas nudez e sexo.

Há diferentes tipos de intimidade e diversas formas de aplicar cada tipo: a física, a emocional, a intelectual e a espiritual.

O que é que realmente significa dizer “eu amo-te” se, na prática, não sentimos esse amor a ser demonstrado? Intimidade é dar a conhecer o que para nós são as demonstrações de amor que precisamos e gostamos, e corresponder às expressões de amor que o outro reconhece. Isto é amar, ou seja, o amor em ação e é nisto que nos devemos lambuzar!

Desmistificar o Tantra

Desmistificar o Tantra

Sabes a ideia de que Tantra é fazer uma maratona de sexo lento? É uma ideia generalizada, mas é pobre porque está longe de traduzir o que é e o que pode oferecer à tua sexualidade e à tua vida.

O Tantra é uma tradição metafísica hindu que expande a consciência, garante a vitalidade e acredita que o sexo é uma das portas principais para o êxtase.

Tantra: Principais conceitos – O que é espiritual é físico e o que é físico é espiritual

O Tantra não separa o que é espiritual do que é físico, na medida em que a consciência existe tanto na mente como no corpo. Igualmente, não distingue os géneros baseado no sexo, mas nos atributos da energia: a energia positiva e ativa da consciência é masculina e a energia negativa e recetiva é feminina. Entendidas também como energias contrárias do corpo e da psique.

É benéfico circular conscientemente a energia pelo corpo

Na visão tântrica, a movimentação fluída, abundante e orientada de energia pelo corpo promove a saúde e a consciência e é aqui que o sexo entra: é entendido como uma das práticas maiores de criação, de renovação e de devoção à vida.

Shiva e Shakti como representantes da união divina

O processo de circulação consciente de energia pelo corpo é representado pela união plena entre Shiva e Shakti, as duas divindades maiores do panteão hindu.

Shiva é a essência divina masculina, personificada através do guerreiro que, além de forte e controlado, é apaixonado, honesto e divertido e um marido dedicado e espiritual. Já Shakti é a essência divina feminina, personificada na deusa bela e radiante, com gosto pela dança, que se expressa pela luz e pela sombra, desde o riso à crueldade, e que aborda o amor pelo seu cônjuge Shiva de maneira desapegada.

Como polo masculino da energia sexual, Shiva é a representação da consciência divina e situa-se no alto da cabeça e Shakti, como polo feminino sexual, é o aspeto que manifesta a energia universal e localiza-se na base da coluna, na forma da serpente Kundalini.

Sentir excitação sexual é experimentar o sabor da energia divina

No sexo tântrico orienta-se a energia kundalini-shakti desde a base da coluna até ao alto da cabeça, através dos sete chakras (ou centros principais de energia no corpo), para que as polaridades feminina e masculina, se unam e despertem o estado místico da consciência que é altamente prazeroso.

As práticas tântricas são bastante benéficas para a cura de bloqueios sexuais, já que fazem sentir a dimensão psicológica e espiritual da energia sexual e romper com o tabu e os condicionamentos e uso-as frequentemente nas minhas consultas.

Em vez do corpo experienciar a libertação da energia com um orgasmo genital, experimenta a união espiritual com o divino, da qual pode decorrer a libertação orgásmica de corpo inteiro.

Prazer sexual é uma das rotas mais diretas para o êxtase com o Tantra

O prazer é uma experiência física. As sensações são criadas no corpo e pertencem ao corpo. Podes ter prazer extraordinário sem êxtase tal como é possível ter êxtase sem prazer físico. Mas geralmente estão ligados.

O êxtase é experienciado como um prazer profundo e/ou inspiração. Pode ser um sentimento apaixonado arrebatador ou um transporte mental para um lugar de bem-estar, de paz ou de visões.

É um senso de suprema felicidade sentido com e pela alma quando se reconecta à Sagrada Unidade, a tudo o que É.

Isto é ir além do sexo convencional e pode ajudar-te a ter uma visão de merecimento e empoderamento na expressão do teu ser sexual.

É disto que te falo quando o tema é o Tantra. Marca uma consulta comigo e vive uma nova experiência!

As atitudes que te estão a impedir de teres mais desejo sexual

O tema do desejo sexual afeta a maioria das mulheres. Se, por um lado, é natural existirem oscilações a nível da libido, por outro, não é normal julgar-se que as mulheres – só por serem mulheres – têm menos desejo no que toca à sexualidade.

Isso não é verdade! No entanto, há certas noções erradas e que, por isso, devem ser reformuladas. São várias as mulheres que chegam até mim com esta questão e tu podes ter a mesma visão da realidade no que toca ao tema. Por isso, presta atenção aos próximos tópicos!

Desejo sexual: Não existe um botão automático para o desenvolveres

O desejo sexual é visto como um botão automático, contudo não é assim tão simples, pois o que ativa o desejo é complexo. Isso não significa que seja complicado, ok?

Há que ter em conta fatores como: bem-estar físico e emocional, experiências, crenças, estilo de vida, a tua relação atual e o impacto de relações anteriores, assim como situações traumáticas ou abusivas.

Não pensar em sexo ou não sentir com desejo e prazer crescentes estímulos sensoriais íntimos tem sobretudo a ver com a bagagem que o corpo carrega: emoções reprimidas, histórias não ultrapassadas, dores abafadas, mal-estar pessoal ou com a relação, entre outros.

Outro erro é não ter em conta as mudanças!

Costuma ser mais fácil as mulheres pensarem que são más na cama do que considerarem que as diferentes fases de vida e a dimensão psicológica impactam a libido.

Já se vai falando mais do quanto as mudanças hormonais, que acontecem na gravidez, no puerpério, na menopausa, no uso de contraceção hormonal, trazem alterações à libido, no entanto o mesmo não acontece com outros temas.

A baixa autoestima, a imagem corporal desfavorecida, a ansiedade, o stress, a falta de conexão com a parceria, as discussões, os conflitos não resolvidos, a falta de comunicação e a confiança frágil são ainda temas que desvalorizamos, e tal não deveria acontecer!

A reter: na sexualidade, há que adereçar a ligação corpo-mente, ou seja, como processas os eventos íntimos e do dia a dia, cognitiva e fisiologicamente.

Faz-te sentido? Então continua a ler e fica a perceber o que deves fazer para desenvolveres o teu desejo sexual sem tabus.

O que deves fazer para desenvolvê-lo

Seja qual for o teu estado de espírito, físico ou emocional, a verdade é que para que o teu desejo sexual se desenvolva existem pelo menos dois pontos que devem estar presentes. São eles:

  1. Ser recetiva à interação sexual mesmo sem desejo

“Como assim?!”, estás tu a pensar.

Atenção: não estou a falar de sacrifício ou cedência só para agradar a parceria ou cumprir uma tarefa.

O que quero dizer é que, na maioria das vezes, é natural a falta de condições ideais para a relação sexual, sobretudo nos relacionamentos longos. O que costuma fazer com que se adie ou que se esqueça, porque as pessoas acreditam que tem de haver essas condições perfeitas.

O que realmente interessa é, no final da relação sexual, sentir que não te arrependeste!

Esta atitude ajuda a desconstruir o ideal do momento perfeito para a intimidade e mostra-te, na prática, que o corpo pode comandar e a cabeça ir atrás (desligando, que é como ela está bem nestes momentos).

  1. O corpo inteiro responde favoravelmente a estímulos eróticos, não só os genitais

Nem estou a falar só das zonas erógenas. É literalmente o corpo todo, cada uma de nós com as suas preferências.

Porém, só mudar o hábito e dar mais atenção (e tempo) às zonas erógenas e não lhes passar de raspão, já é uma mudança favorável. Lê aqui uma prática de toque sensual e deixa o teu desejo sexual falar por ti!  Vamos experimentar?

Intimidade nos relacionamentos é mais do que pensas

Intimidade nos relacionamentos é mais do que pensas

Muitos casais e parceiros sexuais usam a palavra “intimidade” para dizer que fizeram sexo, mas nem de perto a vida íntima é só sexo… Podemos ter relações sexuais sem ser íntimos e podemos estar numa relação íntima em que não há sexo.

 O contacto íntimo é um pilar vital das relações, é o que permite dar quem somos e receber quem os outros são, em segurança e confiança.

Porém, não nos foi ensinado o seu real valor nem como alimentá-la, fazendo a nossa parte nas relações que mantemos.

A intimidade consiste num processo interpessoal, pelo menos, entre duas pessoas e baseia-se na comunicação, com o propósito de pôr em comum facetas privadas, de forma verbal ou não verbal. Esta é a procura que faz a nossa alma aquecer e o nosso corpo vibrar!

A intimidade precisa de um tipo específico de desejo

O desejo de conhecer, ao outro e a ti, continuadamente. Trabalho com esta noção de desejo como força propulsora que desperta a vontade e o compromisso de nos entregarmos à revelação: partilhar pensamentos, sentimentos e desejos sem filtros e sem julgamentos.

Por estar tão presente no início das relações, leva-nos, sem esforço, a ficar horas na conversa e na presença do outro, esquecendo compromissos e comodidades (as quais, muitas vezes, no outro dia pagam-se caro)!

É assim que vamos criando as bases para um contacto íntimo, mas, nos primeiros meses de uma relação, ainda não é de verdadeira intimidade que se pode falar, mas de projeção que leva à idealização do outro e da relação.

Pode bem ser um poderoso combustível para nos mantermos na aventura cheia de riscos que é abrirmo-nos a um perfeito desconhecido, mas é um estádio imaturo e, em algum momento, teremos de decidir se queremos realmente ver o outro tal como ele é.

Atributos da vida íntima que são uma bênção e uma maldição

Conhecer mais e melhor, a ti e à tua parceria, traz os presentes da estabilidade, da segurança, da previsibilidade e do conforto.

Tudo coisas que os seres humanos desejam e valorizam porque lhes permite respirar mais tranquilos. Só que depois de as ter o que acontece? Tomam-nos por garantidas e, até, se aborrecem com elas. Isto para os mais românticos e passionais é o verdadeiro tédio, é a vida em todos os tons de pastel. E não há nada de errado nisto, afinal sabe-se que este perfil de pessoas, para prosperar, precisa de aventura, de risco, de incerteza e de imaginação, isto é, de toda uma paleta arco-íris!

Conciliar a vida íntima com o erotismo é um dos maiores desafios dos casais que afeta a sua sexualidade. Em vez de uma mudança radical, recomendo sempre começar por pequenas atitudes, que se revelam bem poderosas ao longo do tempo.

Fruto da minha experiência com os casais, criei o Checklist Intimidade Slow, um recurso prático para guiar as pessoas ao caminho do meio: não reprimir nenhuma das necessidades de conexão e saber como criá-las e apreciá-las no lufa lufa dos nossos dias.

Uma prática de toque sensual para aumentar o desejo sexual

Uma prática de toque sensual para aumentar o desejo sexual

A prática de toque sensual está inteiramente ligada à relação que mantemos com a sexualidade. E viver conscientemente a nossa sexualidade é saber que envolver o corpo inteiro em estímulos sensoriais alimenta o desejo, o prazer e a intimidade do casal.

A maioria de nós não conhece quão responsivo o seu corpo é a certas sensações, nem o da sua parceria, porque está condicionado às mesmas rotinas sexuais focadas em preliminares rápidos e estimulação puramente genital.

Além de oferecer autoconhecimento corporal, o toque de corpo inteiro é curativo: induz um estado de relaxamento profundo que permite libertar tensões acumuladas e, assim, despertar a energia sexual e fazê-la circular pelo corpo.

Por estas razões, o que hoje partilho contigo deve ser encarado como uma experiência de prazer em si mesma e não tem de servir como um meio para a relação sexual penetrativa.

É certo que serve como uma ótima introdução à intimidade física e que pode compor uma obra em dois atos: de manhã, faz-se somente a prática de toque e à noite… tudo o resto que apetecer!

De seguida, vou explicar-te o passo a passo de todo este processo, que se foca no toque sensual e que vai revolucionar a tua sexualidade e a intimidade contigo e com a tua parceria. Continua a ler!

Prática do toque sensual: O passo a passo deste processo íntimo

 A sexualidade e todo a sua envolvência, que passa pelo toque sensual, são um processo que, para ser bem feito, exige cuidado, paciência e, acima de tudo, respeito. Por nós mesmas e por quem connosco partilha a sua intimidade.

Por isso, é necessária preparação para que quem toca e quem é tocado sintam o tão desejado prazer, sem barreiras ou medos.

O passo a passo é o seguinte:

 Preparação

Demora, idealmente, 1 hora e é para fazer com o corpo nu. Se for feita no inverno, garante o aquecimento prévio do espaço e, se há tensão, um banho de água quente ajuda a relaxar. Mune-te de uma venda para os olhos (opcional) e de objetos de diferentes texturas (suaves, sedosas, macias, frias, quentes, duras), como penas, tecido em seda, pincel, chocolate morno, escova de pentear, pedra de gelo ou água fresca, cinto em cabedal, bola em borracha… enfim, solta a imaginação.

A pessoa que vai ser tocada

– Deita-se nua numa superfície confortável e escolhe se quer estar de olhos vendados ou fechados (que pode entreabrir em alguns momentos), o que intensifica as manifestações das sensações;
– Respira profundamente até sentir o corpo como que afundado no colchão e quando começar a ser tocada, foca-se nas sensações e só nas sensações. Pontualmente ou quando questionada, dá feedback ao parceiro (se sozinha, regista mentalmente o que mais se destaca dessas sensações).

A pessoa que toca

– Começa por tocar o corpo inteiro, da cabeça aos pés, com as mãos leves e descontraídas. Alterna entre toque com as palmas das mãos e toque só com as pontas dos dedos;

– Introduz diferentes objetos e texturas, experimentando diferentes pressões e toques. Aumenta a expectativa sensorial ao fazer movimentos aleatórios e imprevisíveis;

– Lembra-se de perguntar o que sabe bem e o que sabe melhor, identificando as zonas mais erógenas.

Só de ler já causou arrepios, aposto! Por isso, e porque o toque, as sensações, as palavras ditas na hora do sexo são de extrema importância, começa já a colocar em prática o toque sensual e perceberás o quão gostoso é.

Diversão e atenção é o que vos desejo!

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