Como está a tua intimidade na cama e fora dela?

Como está a tua intimidade na cama e fora dela?

Quando falamos em intimidade, muitas vezes a primeira ideia que nos surge é a relação da mesma com a sexualidade. É normal!

Contudo, não é apenas de sexo que te falo aqui. A tua vida íntima é um misto entre aquilo que sentes, quer no campo emocional quer no físico, e aquilo que vives. Nem tudo se resume só ao carnal.

Já alguma vez te sentiste incapaz de te relacionar, amorosamente ou sexualmente falando, porque o teu emocional te bloqueava? Isto já aconteceu a grande parte das mulheres, não te sintas sozinha. Não estás!

É por isso que te escrevo sobre este tema, para que percebas que a tua intimidade tem muito que se lhe diga. E, talvez, não tenhas ainda descoberto nem metade. Mas eu vou ajudar-te com estas dicas, que farão com que te compreendas melhor e compreendas a tua parceria.

Intimidade: Dicas para começares a ter uma vida íntima saudável e plena

O teu emocional vai sempre alertar-te das tuas inseguranças que, convenhamos, não nos ajudam nada em alguns momentos (que chatas!).

Ter uma vida íntima saudável e plena só se consegue como resultado de um processo duradouro de autoconhecimento. Tu precisas de te conhecer bem para te sentires confortável com o outro, caso contrário sentirás sempre que falta algo. E, nesse caso, a intimidade entre vocês não vai ser tão prazerosa!

Por isso, elaborei uma lista com 4 dicas que considero importantes para manteres o equilíbrio entre o que pensas, sentes e te permites viver.

1. Entrega e vulnerabilidade 

Presta toda a tua atenção, no dia a dia, ao número de vezes em que:

  • Te oferecem ajuda e apoio;
  • Te fazem um elogio;
  • Te convidam para algo;

E a tua resposta imediata é: Não.

Muitas das vezes, não é porque não concordas ou não queres.

É porque carregas uma armadura de proteção emocional que previne que te magoes ou sofras desapontamentos.

O problema é que essa armadura previne também que te conheçam na essência.

E, só assim, revelando a tua essência podes ser amada e sentir-te merecedora.

Começa por dar os Sim mais fáceis para ti
, ou seja, aqueles que não te exigem muita exposição emocional.

Assim, ganhas confiança para te abrires de maneira mais plena nas tuas relações significativas.

2. A abertura emocional da tua parceria 

Ahhh, quando queremos que o outro se revele para nós primeiro, como condição para nós depois nos abrirmos… Quem nunca?!

O outro, muitas vezes, não o faz porque tem direito às suas inseguranças e isso gera em nós frustração e raiva.

Na prática, começamos a cobrar, a manipular, a questionar os sentimentos do outro e a relação, o que só leva a que o outro se retraia ainda mais. Naturalmente!

Desenvolver a empatia é a chave:

  • Reconhecer perante o outro que o terreno das emoções e das feridas é efetivamente assustador, mas que estás segura que, juntos, conseguirão enfrentar a questão; 
  • Oferecer apoio livre de tensão: sem impor um timing, comunicar que estás lá para quando a pessoa quiser partilhar mais acerca dos seus medos e inseguranças; 
  • Dar o exemplo, não é?! E aceitar que o outro se mantenha fechado. Se te escutou, sem críticas e tentativas de solução, já está a fazer a sua parte na intimidade saudável da vossa relação. 

3. Ter momentos de conexão contigo mesma 

A ligação ao corpo pode parecer uma coisa complexa para quem anda mais na cabeça e na rotina. Entendo!

Por isso, gosto sempre de sublinhar que comportamentos simples – os mais básicos mesmo – ajudam imenso.

Como fazer:

  • Ficares offline quando estás na natureza, ou a cuidar do teu corpo, ou imersa numa atividade nutritiva como ler, cozinhar, fazer exercício físico ou conversar com as amigas;
  • Tirar um momento do dia ou da semana para autorefletires: seja trazer uma memória do passado que te incomoda, seja rever uma atitude que tiveste no dia anterior, o que interessa é responderes: como posso olhar para a situação à luz da mulher que sou hoje?
  • Passar scans ao corpo ao longo do dia: sentir a temperatura, o grau de tensão física, o cansaço ou a energia a circular, assim como a sua reação aos estímulos externos (visuais, olfativos, auditivos, táteis e do paladar). 

 

4. Tomar a iniciativa no sexo

Esta dica ficou para último pois acredito que, ao integrares na tua vida as dicas anteriores, será não só mais fácil, como te apetecerá tomar as rédeas na intimidade.

Pede, sugere, puxa para ti o toque que queres sentir, as palavras que queres ouvir, os movimentos que desejas.

Sim, estou a falar dos ditos preliminares – que são já sexo – e não propriamente da penetração.

Nem todos os dias te vai apetecer sexo penetrativo, é natural.

Mas um cafuné, um piscar de olho sugestivo, um apalpão gostoso, caramba, devem ser dados e recebidos com frequência. Vamos!

Se chegaste até aqui foi ou por curiosidade no tema ou porque sentes que a tua intimidade precisa de levar uma voltinha, não é verdade? Começa a colocar em prática as dicas que te dei e verás que te sentirás muito mais aberta ao que te chega.

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