Conhece os vários pontos de prazer na vagina

Conhece os vários pontos de prazer na vagina

Sabias que existem vários pontos de prazer na vagina, e não apenas o tão conhecido ponto G? Ao longo deste artigo vou falar-te um pouco deles.

Se a sexualidade feminina está longe de ter o estudo que a Ciência já dedicou à sexualidade masculina, nada fica mais perto desta afirmação que o (des)conhecimento do prazer através da vagina.

Tanto o Tantra como o Taoísmo e a sua derivada Medicina Tradicional Chinesa, referem a existência de pontos específicos na vagina que têm em comum a maior concentração de vasos sanguíneos e, assim, um maior potencial de dar prazer.

Mas não só. Dar visibilidade a estas zonas era importante para a educação da anatomia física e energética da mulher, bem como para a cura de bloqueios sexuais.

Pontos de prazer: O ponto sagrado, conhecido por G

Foi identificado no Ocidente como zona erógena pelo Dr. Grafenberg e está a cerca de 4 cm da entrada da vagina, na parede frontal.

Sabe-se que muda de aspeto com a excitação da mulher, provocando sensações similares à vontade de urinar. Isto deve-se ao facto deste ponto comunicar com a uretra. Existem diversos relatos de mulheres que, inclusive, expelem um fluído e pensam que é urina. Mesmo que a Ciência já tenha confirmado que o fluído não apresenta os componentes da urina, a crença mantém-se.

Os taoistas e os tântricos diziam que este ponto era sagrado e relatam a existência do tal fluído, chamando-o “Amrita” (que significa néctar, em sânscrito). Acreditavam que era a fonte da vitalidade e uma honra poder ter acesso a ele.

Associavam, igualmente, a sua estimulação ao desbloqueio sexual da mulher, ao promover a circulação da energia retida na vagina e na pélvis, pelo que desenvolveram uma massagem específica, com técnicas somáticas capazes de promover a libertação emocional e o acesso a memórias reprimidas.

Cérvix como portal da vida ou ponto C

O ponto C situa-se no orifício do cérvix e é formado por uma rede intrincada de terminações nervosas, capazes de gerar sensações intensas e prazerosas.

Porém, se a mulher não está bastante excitada ou não tem desejo sexual, qualquer tipo de toque ou penetração pode ser doloroso. Exames médicos tais como citologia, ecografia endovaginal, biópsia ou penetrações rápidas e fortes do pénis, contribuem para a tensão da área do cérvix.

A tensão gera uma sensação de adormecimento das sensações físicas e funciona como um mecanismo de proteção do corpo. Consequentemente, a possibilidade de sentir prazer fica comprometida.

Atividade dos bastidores ou ponto A

O ponto A corresponde à parede posterior da vagina que comunica com o períneo e o ânus. A sua textura assemelha-se à de uma esponja e pode dar bastante prazer, também, parecido às sensações do sexo anal.

Na verdade, as paredes do ânus são ricas em terminações nervosas e estimular o ponto A desencadeia sensações algo semelhantes às da estimulação anal.

Experimentar, experimentar, experimentar!

Conhecer estes pontos é empoderador: ativa a capacidade de autocura e de conhecer melhor a anatomia de prazer.

Podes experimentar a ativação destas áreas internas da vagina com a aplicação de vários níveis de pressão, velocidade e direção da estimulação: em círculos no sentido do relógio, oposto ao sentido do relógio, para os lados e em espiral.

Não há uma forma específica de tocar e massajar estes pontos, embora apenas um profissional disponha de técnicas ajustadas ao desbloqueio emocional e ativação do prazer, como através da massagem Yoni Healing .

Aprende a viver em função do teu desejo

Aprende a viver em função do teu desejo

Vives em função do desejo dos outros? Se a tua resposta foi afirmativa, quero dizer-te que a maioria das mulheres também dá essa resposta.

É um hábito e um costume que vêm do condicionamento social e cultural: és mulher, logo existes para servir.

Na sexualidade, esse servir traduz-se em satisfazer as necessidades e as vontades da pessoa com quem temos relações íntimas.

Como ter prazer sexual nestas condições? Não dá.
Não é o teu corpo que não responde convenientemente, não és tu que não és boa na cama.

É que tu não te escutas. É que tu não te conheces!

E eu vou mostrar-te como estou certa naquilo que te digo, e tu vais perceber que o desejo vai muito para lá daquilo que tu pensas. Continua a ler!

Desejo: A experiência não se mede pela quantidade

A ausência de educação sobre soberania e literacia corporal também não ajudam a que te compreendas. Devíamos ter sido ensinadas que o corpo só a nós nos pertence e que só nós sabemos o que fazer com ele.

É neste processo de contínua auto-aferição que vamos definindo gostos, limites e vontades, tais como ficar mais protegidas de abusos.

Dessa forma, a boa sexualidade não tem só a ver com mais experiência, pela quantidade de vezes que a praticas ou o número de parceiros que tiveste.

Podemos ter tido uma mão cheia de parceiros e ter descoberto pouco, porque não havia conexão na relação, porque não nos escutámos internamente.

A boa sexualidade é a que traz conexão, seja contigo, seja com a parceria, seja com o Divino.

Tudo começa no corpo

Começa por conhecer o teu corpo e por escutar as suas necessidades. Ao proveres as suas carências desenvolves, lentamente, o amor-próprio.

Assim, a partir da base inabalável de amor-próprio, torna-se mais fácil e natural reconheceres o que te dá prazer.

É também a partir da aceitação e da confiança pessoais que sentes segurança para explorar e tentar experimentar, com a intenção de saber o que gostas.

Questões para reflexão

Reserva um momento para ires dentro de ti e procurares respostas, sem te recriminares ou julgares:

  1. Fazes sexo porque te apetece?
  2. O sexo para ti é fonte de prazer ou é uma rotina mecânica?
  3. Fazes sexo porque tens um parceiro e disseram-te que é isso que tem de se fazer?
  4. Sentes que te anulas sexualmente ao teres os comportamentos sexuais que tens?

Por fim, desenvolver conscientemente a tua sexualidade passa por te despires perante ti mesma, ficares nua na tua verdade. Esta é a forma a partir da qual podes vestir-te, com o que melhor te representa e ter as experiências sexuais que realmente te definem e impulsionam a tua evolução. Só assim sentirás, realmente, desejo!

O coração é rei na cura da sexualidade feminina

O coração é rei na cura da sexualidade feminina

A cura das limitações na sexualidade deve ir além do foco nos genitais e no desempenho sexual, pois o coração também tem aqui um importante papel. Neste artigo, trago-te uma prática que faz maravilhas!

De acordo com a medicina energética, é clara a relação entre tensão física e emocional, pois as sensações e os sentimentos associados a pensamentos e experiências são primeiro sentidos no corpo.

Deste modo, a tensão emocional pode gerar tensão física e, por sua vez, a tensão física pode despoletar estados emocionais mais nervosos, já que o cérebro produz mais cortisol para lidar com o stress.

A tensão é, em geral, uma grande inibidora da circulação fluída da energia sexual pelo corpo. Por isso, deve ser tratada de maneira integrada. Como? Explico-te de seguida!

Coração: Mas porquê?

Vários cientistas, como Joe Dispenza e Gregg Braden, têm provado como este órgão é mais importante que o cérebro para regular os nossos estados.

Para isso, o mesmo precisa de estar em níveis de coerência.

A coerência do coração é um estado em que o coração, a mente e as emoções estão energeticamente alinhados. Promove a resiliência emocional e a energia pessoal para lidar com a tensão e os bloqueios, o que traz resultados harmoniosos.

No fundo, é estar recetiva e relaxada, em vez de defensiva e tensa, seja física, emocional e mentalmente.

Quando estamos bem, estamos mais disponíveis para entrar em relações saudáveis, para mostrar mais de nós e ver o outro com tudo aquilo que é. Quando estamos bem, a intimidade é uma celebração e não uma preocupação.

Como praticar

Esta prática foca-se na capacidade de apreciar e de registar, no corpo, boas sensações para gerar a coerência do nosso estado interno.

Instruções:

– Senta-te e fecha os olhos;
– Faz algumas respirações profundas, inspirando pelo nariz e expirando pela boca;
– Leva a tua atenção ao centro do peito e sente-o a abrir quando inspiras e a relaxar quando expiras;
– Traz à tua mente um sentimento de apreciação: um bom abraço, um pico de amor, um pôr-do-sol esplendoroso ou algo estimulante, por exemplo;
– Percebe como se manifestam no corpo as sensações e os sentimentos de apreciação: com energia, leveza, paz, amor, alegria ou serenidade?
– Fica ligada, por 3 a 5 minutos, a esses sentimentos de apreciação, sentindo-os em cada detalhe;
– Leva uma palma da mão ao centro do peito e faz 3 respirações profundas antes de abrires novamente os olhos e voltares a um estado mais alerta da mente.

É a partir deste estado interno que a cura da sexualidade é não só mais segura como profunda e transformadora nas áreas da vida e da psique que mais precisam dessa cura.

Os benefícios da consciência cíclica

Se é complicado entendermo-nos a nós mesmas quando julgamos que andamos à mercê das hormonas, mais complicado é gerir as nossas relações e as funções da vida adulta. É então que entra a consciência cíclica.

Pois, para quem está de fora, pode parecer instabilidade, loucura, má vontade e por aí vai.

As nossas relações são a nossa maior riqueza se devolverem qualidade. Já a perceção de ciclicidade feminina e o alinhamento com as nossas energias internas são fonte imensa de empoderamento.

Neste artigo, partilho os dois principais benefícios de desenvolver a consciência cíclica. Continua a ler e fica a conhecê-los!

Consciência cíclica: O que significa?

É uma consciência com qualidades holísticas que permite observar e registar o que acontece no corpo, na psique feminina e na natureza.

Em cada um destes aspetos domina a energia do movimento cíclico: têm fases e cada fase apresenta um padrão. Essas fases, ao serem completas e darem a origem a um novo ciclo, representam o equilíbrio.

Numa primeira fase, para desenvolver a consciência cíclica, tem-se em conta as qualidades das fases do ciclo menstrual e, depois, a sua relação com as fases da lua. Podes saber mais aqui.

O Sagrado Feminino e o resgate da essência feminina

O Sagrado Feminino representa a conexão da mulher com a natureza, com os seus ciclos e consigo mesma. Esta filosofia acredita que essa é a forma da mulher moderna resgatar a sua essência feminina.

Não seguimos um padrão linear nos nossos pensamentos, emoções e energia. Somos cíclicas: atravessadas por ondas com variações, mas que, no fim, se complementam e devolvem-nos à inteireza de Ser.

Desenvolver a perceção cíclica é uma tarefa sagrada porque garante o equilíbrio do ecossistema Terra e do nosso corpo, holisticamente considerado. O que faz bem à mulher faz bem à natureza e vice-versa.

Os benefícios de desenvolver a consciência cíclica

1. Desmistificar noções negativas do corpo

Envolve desde o odor e a quantidade do sangue menstrual, usar métodos de recolha sustentáveis, como o copo menstrual, à perceção das variações na vitalidade, seja no apetite, no sono, no consumo de água.

Pensamentos do tipo “ahh, é natural ter dias de cansaço, não sou preguiçosa” ou “a minha libido vai e vem. Ok, ela não morreu”.

É que não são variações casuísticas. Obedecem a um padrão ligado ao sistema hormonal e ao estilo de vida. Não precisam de ser resolvidas, apenas aceites, caso haja saúde.

2. Regular emoções

Se há processo humano que mais nos fala sobre movimento é o das emoções. Uma emoção não vem para ficar, simplesmente é para ser sentida no momento e, assim, reconhecida. A seguir, outras virão. Afinal, a vida não para e as nossas experiências na vida também não.

Porque existe tanta dificuldade em gerir as emoções? Porque há medo de as sentir e do que elas nos podem fazer (de mal). Mas o corpo e o ciclo menstrual registam tudo e, para o nosso bem, fazem-nos lidar com elas.

A tensão pré-menstrual tem muito a ver com a acumulação de emoções não processadas e o desgaste mental e emocional que isso provoca ao longo do mês.

Só que não estamos capazes de lidar com este exacerbamento nessa fase, pelo que o ideal é ir, a cada semana de ciclo, reservando um momento para fazer “higiene emocional”. Desta forma, estaremos capacitadas para regular o que está a causar mais perturbações.

A consciência cíclica ajuda no processo de autoconhecimento e evolução e o melhor dela é que já está dentro de nós!

O caminho (certo) para o orgasmo

O caminho (certo) para o orgasmo

Ainda escuto muitas mulheres dizerem que a única recomendação que recebem, na consulta de Ginecologia, para ter o dito orgasmo é o famoso: “relaxe com um copinho de vinho”.
É certo que esta bebida é um vasodilatador, o que significa que ajuda a expandir os vasos sanguíneos. Dessa forma, o fluxo de sangue na região vulvar e vaginal será maior, aumentando as sensações e, potencialmente, o prazer.
Mas não podemos ficar por aqui. É preguiçoso, no mínimo. É, acima de tudo, uma desconsideração pelo prazer feminino.
Na visão tântrica e de Sexological Bodywork, que estão na base do meu trabalho, o auge da satisfação sexual precisa do envolvimento de todo o corpo, naquilo que são as suas funções naturais mas com um twist 😉
Continua a ler e descobre os 5 passos para ficares a conhecer as diversas sensações que o teu corpo te pode proporcionar.

Orgasmo prazeroso: 5 passos para desencadear e desfrutar da sensação

Ter orgasmos nem sempre é fácil para algumas mulheres, mas é possível para todas. Existem várias formas de atingi-los, e todas elas passam pelos passos que te vou dar a conhecer de seguida.

    1. Foca-te na respiração

      Sabe-se que a respiração gradualmente mais rápida e intensa ajuda a atingir mais rapidamente os orgasmos.
      Se além de chegar lá, queres prolongar o clímax de prazer, esta sofreguidão não basta. A sincronização da respiração a dois é mais eficaz. Faz-se com cada pessoa a respirar alternado: enquanto um inspira, o outro expira;

    2. Massaja as zonas erógenas

      As zonas erógenas não são só as zonas genitais. Tens no corpo inteiro áreas sensíveis, como o pescoço, o lobo das orelhas, a parte interna das coxas, entre outras.
      O toque nestas áreas provoca o desejo sexual. Então, não só nos preliminares mas também durante a relação sexual, envolve as tuas zonas erógenas com toques e massagens subtis e mais intensos, quer feitos por ti mesma, quer pela tua parceria;

    3. Solta sons

      Deixa que sons, como gemidos e suspiros, assim como os sons da respiração mais intensa, saiam pela tua garganta e boca relaxadas.
      Se travas este efeito natural da excitação sexual não ajudas a que o momento íntimo se torne mais intenso e a excitação mais grandiosa, os quais são meio caminho andado para o clímax;

    4. Usa o pompoarismo para chegar ao orgasmo

      O pompoarismo consiste num conjunto de técnicas milenares usadas no controlo e no fortalecimento dos músculos da vagina para aumentar o prazer sexual.
      Se as fizeres durante a relação sexual, quando estiveres bastante excitada, vais sentir como o orgasmo se torna mais fácil e prolongado;

    5. Trava, quando estiveres quase lá

      Interromper a escalada rumo ao clímax garante que, quando o atingires, vai ser bem mais intenso, profundo e prazeroso!
      Desacelera a respiração, relaxa a musculatura pélvica e faz menos movimentos por 30 a 45 segundos. Aproveita para respirar fundo, olhar e beijar a tua parceria e depois volta a intensificar e a acelerar a respiração e os movimentos.
      Repete este travão algumas vezes e depois deixa-te ir na intensidade e só paras no orgasmo.

A combinação destas técnicas fazem a diferença na satisfação sexual feminina, mas precisam que as experimentes e as repitas, até que sejam naturais para ti durante a relação sexual.
Se as dificuldades em atingir o orgasmo persistirem, não adies procurar ajuda especializada. Mereces o melhor prazer do mundo. Ele está só à tua espera!

O que fazer quando sabes que tens um bloqueio sexual

O que fazer quando sabes que tens um bloqueio sexual

“O que fazer quando sinto um bloqueio sexual?” é das perguntas que mais recebo. Vêm, principalmente, de mulheres que o sentem há muito tempo.

A sexualidade ainda não é um assunto de que se fale normalmente, nem como indicador de bem-estar e de felicidade.

Isto porque o corpo feminino é, há séculos, alvo de objetificação sexual e de atenção apenas pela função reprodutora.

É por isso que o número de casos de abuso sexual se mantém, persistentemente, em 1 em cada 5 meninas.

Continua a ler este meu artigo e compreende de que forma podes resolver o bloqueio sexual que tens em ti.

Bloqueio sexual: O que cada mulher pode fazer sozinha

É natural que, sem um acompanhamento especializado, existam coisas a que não damos relevância ou, pelo contrário, de que temos medo, baseadas em preconceitos, de procurar ajuda.

Considera que há informação sobre as causas do bloqueio sexual a que podes não estar a aceder porque, para te manteres funcional, o cérebro apagou essas memórias. Contudo, o corpo guarda.

A abordagem somática e holística na sexualidade é, por isso, essencial. Favorece a harmonia alinhada entre corpo, mente e emoções, sendo que primeiro ajuda a tornar conscientes várias experiências somáticas, associadas a eventos traumáticos ou a emoções presas.

“Mas por onde posso começar para perceber se tenho algum bloqueio?”, perguntas-me.

Compreender a forma como foste educada na sexualidade e no género, bem como revisitar a tua história íntima são dois passos reveladores.

Perguntas para auto-exploração
1. Ao cresceres, o que te disseram acerca de ser mulher?
2. Quem te contou o que era o sexo e como o fez?
3. Alguma vez interromperam um momento íntimo que estavas a ter, como o do toque erótico ou masturbação, e tiveram atitudes depreciativas e julgadoras?
4. Qual a data da tua menarca (primeira hemorragia menstrual), o que sentiste e quem estava contigo?
5. Descreve a tua primeira experiência sexual com penetração: com quem foi, qual a relação que tinham, o que sentiste, o que a outra pessoa sentiu, fez e comunicou?

Não precisas de responder a todas as perguntas de uma só vez. Aconselho, até, que te demores alguns dias ou semanas para que possas aceder a mais detalhes.

Como não se fala recorrentemente de sexualidade, é natural que, ao abrires a porta ao tema, os episódios se tornem mais vividos com o passar dos dias.

Estas são apenas algumas das perguntas que convém trazer à luz, pois dão-te já pistas relevantes para o grau de bloqueio que podes ter.

Atenção focada no corpo

A partir da mulher que és hoje, vais ler as tuas narrativas íntimas, estando atenta ao que essas frases e certas palavras geram, a nível de sensações, no teu corpo.

Permite-te ficar triste, sentir alívio ou vergonha, isto é, observa que emoções e sentimentos vêm juntos com as sensações físicas da leitura das tuas respostas.

É assim que podes percecionar os reais impactos que teve em ti o que te aconteceu.

Reescrita empoderadora da tua narrativa íntima

É a partir da verdade do corpo que podes reconstruir uma narrativa íntima empoderadora.

Isto não significa colocar filtros cor-de-rosa na tua visão acerca do passado. Trata-se de entender como podem ter sido algumas emoções, que não te permitem ver com mais justiça uma atitude de apoio ou de entender que foi preciso coragem para lidares com uma certa situação.

É curador e libertador revisitar a história íntima porque a repressão bateu-nos a todas. Não são apenas os abusos físicos aqueles que deixam repercussões no corpo e na psique da mulher. Às vezes, basta um comentário depreciativo acerca das formas do corpo, uma mentira ou uma proibição de fazer algo que sabe bem e que é natural.

Integrar a história pessoal é reconhecer e aceitar de onde vimos. Aceitar não é concordar! Aceitar é soltar o passado e abrir-nos ao presente.

Caso não te sintas capaz de dar individualmente estes passos ou se ficaste sem saber o que fazer com as respostas a que acedeste, considera a minha ajuda na integração de comportamentos sexuais positivos e empoderadores.

Diz adeus ao bloqueio sexual que sentes que trava a tua vida sexual!

O stress é um veneno para a tua sexualidade

O cansaço e o stress são dois obstáculos fortes para a libido feminina.

Os nossos dias são corridos e parece não haver grande margem de manobra para levar uma vida zen. Contudo, isto pode mudar!

O que recomendo é que comeces por “roubar” 5 a 10 minutos diários a essa corrida para parares e te ligares ao corpo. Neste artigo, vou partilhar contigo algumas vias poderosas para essa ligação.

Continua a ler!

Stress: Efeitos na sexualidade

O stress provoca tensão muscular e esta não permite relaxar e entregar. O corpo está “de guarda”, desconfiado. Se for persistente, desenvolve-se até dormência ou dor, uma carapaça que nos previne de sentir.

A nível energético, a energia não flui da pélvis para todo o corpo. Daí, muitas mulheres dizerem-me que se sentem presas. É realmente o que está a acontecer: um bloqueio, que à primeira vista, não percebemos que trava a excitação connosco, com os parceiros e a vida.

Como libertar a agitação acumulada

Ora se estamos a falar de algo que está armazenado neuromuscularmente, pensa que o que cuida tem a ver com soltar e despejar.

O corpo vai responder porque está equipado para soltar a tensão física e emocional e “limpar-se”.

Sobretudo em alturas mais stressantes, é preciso regular o corpo (o que ajuda a regular as emoções) com expressões naturais, como:

Abanar e sacudir o corpo – dançar organicamente, sem ter a cabeça a comandar o movimento;

Chorar – parece básico, mas é bem normal não conseguirmos porque isso é lidar com a vulnerabilidade e, quando estamos no modo defensivo/atacante, é a última coisa que queremos;

Rir – nesta situação, ficamos dormentes e, até, coisas que divertem e são cómicas, em vez de trazerem alívio, não são percecionadas;

Gemer – quer quando estamos a saborear algo gostoso na mesa ou na cama, gemer ajuda a intensificar o prazer!

Gritar e/ou rugir – são expressões saudáveis e primais, mas que, sobretudo nas mulheres, foi condicionado. Adivinha: quanto mais reprimes botar para fora o grito, mais ele cresce…?! Para dentro, pois claro.

É simples. Porém, não é fácil porque somos nós que não nos permitimos estas expressões naturais e reguladoras.

Saber o que causa todo este estado stressante, ajuda. Mas não resolve.

Só a cura somática permite soltar a tensão física e emocional do corpo. E isto é importante porque pode não ser sobre temas da sexualidade, mas garantidamente afeta a sexualidade, mais cedo ou mais tarde.

Por isso, a abordagem corporal holística e consciente na Sexualidade é a que pratico e defendo. A combinação de técnicas de respiração, com movimento e vocalizações traz mais diretamente ao de cima o que quer que seja que está a condicionar a plena expressão pessoal.

Não deixes que o stress toma as rédeas da tua sexualidade!

Porque não consegues chegar ao orgasmo?

Porque não consegues chegar ao orgasmo

Muitas são as mulheres que têm dúvidas quanto à fase mais potente de acumulação de energia de excitação sexual: o orgasmo.

Até porque cerca de 70% atinge-o através de estimulação do clítoris e não da penetração vaginal.

Primeiro, precisamos desmistificar a que te referes quando dizes não ter orgasmos: é no sexo com penetração? É na estimulação do clítoris? Nessa estimulação do clítoris, é quando outra pessoa estimula ou também acontece quando tu o estimulas? É sempre? Ou às vezes?

Vou falar-te um pouco sobre todos esses porquês ao longo deste artigo. Continua a ler!

Orgasmo: Só há um tipo, mas são muitas as formas de chegar lá

Hoje a ciência sabe que o clítoris não é apenas a parte visível na púbis. Este órgão é composto por uma estrutura de dois bolbos que envolve o canal vaginal, o cérvix e o útero.

Isto significa que o clítoris é sempre responsável pelo clímax da mulher, de maneira direta ou indireta.

Todas as maneiras são válidas, o que significa que, se durante a penetração sexual, precisas de ter estimulação clitoriana, quando só tu mesma te estimulas ou, pelo contrário, só a tua parceria.

A intensidade das sensações também pode variar, é natural. O orgasmo não é apenas sentido como se fosse um terramoto ou um espetáculo de fogo-de-artifício. Pode ser mais subtil, ligeiro, de duração mais curta ou longa.

Porque é que há mulheres que conseguem ter orgasmos no sexo penetrativo?

Destaco as principais razões:

– Anatomias íntimas diversas – mulheres com estruturas clitorianas mais desenvolvidas, podem acumular mais sensações de excitação as quais envolvem a vagina;

– Duração da fase de excitação – sendo o orgasmo a libertação de energia acumulada, quanto mais energia for gerada através da excitação sexual (que pode começar fora da cama e bem antes da relação sexual), mais probabilidade há da excitação, fisiologicamente, irrigar o canal vaginal de sangue e oxigénio, aumentando a sensibilidade e a própria dimensão do canal, para penetrações mais profundas;

– Assoalho pélvico tonificado – garante que não há bloqueio da energia sexual e que, deste modo, esta pode circular por toda a pélvis e partes ascendentes do corpo, o que facilita o clímax.

Quando não chegas ao orgasmo de maneira nenhuma

Estima-se que seja o caso de 10% das mulheres. Os principais fatores têm a ver com:

– Falta de conhecimento – da genitália, das posições mais favoráveis para si, dos estímulos sexuais que mais potenciam a sua excitação;

– Pouco à vontade com o corpo – seja devido a falta de aceitação da imagem corporal, seja por pudor e tabu ou ainda devido a memórias de bullying;

– Dissociação – é comum a mulher desligar-se do corpo e focar-se nos pensamentos que nada têm a ver com o momento íntimo, sobretudo quando tem altos níveis de stress ou um quadro de bloqueio sexual.

– Medo da entrega – a relação sexual é um ato de vulnerabilidade, quer a dois, quer a solo. Implica deixar que outra pessoa veja as partes mais vulneráveis e as mais belas de nós mesmas, ver as da outra pessoa, bem como lidar com o mistério: não seremos a mesma pessoa no final, essa é a única garantia do sexo.

Por tudo isto, costumo afirmar que o desenvolvimento pessoal associado ao autoconhecimento erótico e sexual é a única via que conheço com resultados integrais. É a maneira não só de nos tornarmos melhores amantes, mas também de criarmos a vida que nos realizará, baseada na aplicação das nossas qualidades e dons!

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