Como desenvolver a sexualidade sem sexo?

Como desenvolver a sexualidade sem sexo

Se começarmos por perceber que a sexualidade não anda à volta apenas do contacto sexual com uma parceira, vamos perceber muitas outras coisas! Há uma crença que se instala que, se não estivermos atentas, pode trazer consequências para a vida sexual: a de que se não estamos a ter sexo, não estamos a ter vida sexual.

E é para desmistificar esta crença que te trago este artigo hoje. Vou falar-te um pouco mais sobre o tema, para que compreendas que a vida sexual é um A a Z de possibilidades.

Continua a ler!

Sexualidade não é só sexo

Em 2002, a Organização Mundial de Saúde definia assim a Sexualidade: “(…) é um aspeto central do ser humano ao longo da vida e inclui o sexo, o género, as identidades e os papéis, a orientação sexual, o erotismo, o prazer, a intimidade e a reprodução. A sexualidade é experienciada e expressa através de pensamentos, de fantasias, de desejos, de crenças, de atitudes, de valores, de comportamentos, de práticas, de papéis e de relações.”

A vida sexual é um mundo! Neste artigo, destaco-te algumas práticas essenciais para abraçares a tua sexualidade integralmente:

  1. Lista as coisas boas que o teu corpo já vivenciou para aprimorar a sexualidade

Já reparaste que temos tendência para enfatizar o que correu menos bem e as experiências negativas? É uma pré-programação do cérebro para não pôr em risco a sobrevivência, mas, na realidade, ela não está assim tão ameaçada hoje em dia e o prazer precisa de conexão ao que faz sentir bem.

– Faz uma lista de todas as coisas boas que o teu corpo já sentiu: aquele abraço, a brisa morna de verão a tocar-lhe as costas, o corpo da tua parceria colado ao teu, o cheiro do teu bebé, a textura do teu tecido preferido são alguns exemplos.
Acolhe o simples, o banal, o que acontece sem fazeres até nada por isso. Esta prática tem o poder incrível de exercitar a tua mente para focar-se no bom em geral e no bom presente, mesmo em condições adversas.

  1. Dá uma atenção extra aos sentimentos e paixões

Tens direito a ter paixões e a dedicar-te a elas, seja nos tempos livres (que até podes “roubar” aos momentos em família), seja largando certos deveres e contratos.

Por outro lado, é fundamental não reprimir certas emoções, porque isso vai reprimir o prazer também. Chorar é catártico, estar triste faz-nos perceber o que é importante para nós, sentir medo mostra-nos a vulnerabilidade.

– Percebe quando um sentimento aflora, quão o abafas e tentas controlar. Respira fundo, relaxa e sente-o inteiramente.
– Depois, percebe como ele passou e estás pronta para sentires outros sentimentos.

  1. Desenvolve a intimidade no plural 

A intimidade é dar-se a conhecer e querer conhecer a outra pessoa, mas isso não significa apenas nudez e sexo.

Há diferentes tipos de intimidade e diversas formas de aplicar cada tipo: a física, a emocional, a intelectual e a espiritual.

O que é que realmente significa dizer “eu amo-te” se, na prática, não sentimos esse amor a ser demonstrado? Intimidade é dar a conhecer o que para nós são as demonstrações de amor que precisamos e gostamos, e corresponder às expressões de amor que o outro reconhece. Isto é amar, ou seja, o amor em ação e é nisto que nos devemos lambuzar!

Esclarecimento de dúvidas

Subscreve a nossa Newsletter!

Explora, cura e desfruta da arte da Sexualidade Consciente com a “Checklist Intimidade Slow”