Ter uma conexão segura para nos darmos a conhecer, sem julgamento nem rejeição, é o que torna a tua intimidade e as tuas relações amorosas tão desejáveis.
Na infância, por mais amorosos e presentes que os nossos cuidadores tenham sido, a nossa personalidade, assim como as nossas vontades e necessidades não foram completamente reconhecidas e, em adultas, vibramos em parte nessa carência.
A intimidade é a chave para ter estas necessidades satisfeitas e as relações amorosas são um dos contextos seguros para que a mesma cresça.
Contudo, esta assusta porque pede-nos vulnerabilidade e autenticidade. De uma forma geral, foi-nos passada a crença de que ambas as posturas são ameaçadoras da nossa integridade.
Mas vou mostrar-te em como esta crença está completamente errada. Continua a ler!
Intimidade: Do medo à abertura
A intimidade é a permissão para outra pessoa ver e saber os nossos segredos e aspetos privados. Só podemos ser íntimos quando estamos disponíveis para deixar as nossas defesas cair.
As pessoas mais focadas na necessidade de aceitação e de compreensão do outro, dão-se a conhecer em função da disponibilidade emocional da outra pessoa: se a pessoa está amorosa, aberta e a vontade de partilhar é recíproca.
Esta postura protege da dor, do ridículo, da humilhação e da eventual rejeição. Só que também invalida a nossa expressão autêntica, apesar das condições do outro. É como se entregássemos a chave do nosso íntimo à pessoa e as nossas vontades e necessidades ficassem congeladas, à espera que a pessoa deixe de estar distante, defensiva, ocupada ou irritada.
Deste modo, alimentamos a dependência e não temos como evitar sentir-nos isoladas, sozinhas na relação.
A vida íntima como consciência
A vida íntima oferece a possibilidade de aumentar a consciência numa relação. Como não pode ser forçada, convida-nos a soltar a resistência e a abrir-nos às nossas verdades e às da outra pessoa.
Ora, só o conseguimos com o autoconhecimento. Quanto mais nos conhecermos, menos haverá necessidade de esconder ou omitir as nossas falhas e os aspetos da personalidade menos consensuais.
Estar confortáveis na nossa pele é o que permite acolher a pele dos outros e, assim, aprofundar os momentos mais íntimos.
Tópicos íntimos essenciais
Para a relação amorosa florescer, os parceiros precisam de aprender a entender e a acolher as atitudes importantes de cada um.
Os tópicos fundamentais para conversar – as vezes que for preciso – são acerca de sexo, de dinheiro, de parentalidade, de religião, de política, assim como de valores, de memórias, de imagens e de expectativas acerca da natureza de uma relação íntima.
O papel da sexualidade
Bom, há lá lugar onde somos vistas por quem somos e vimos a outra pessoa como ela é?
Uma pista útil na tua relação com a intimidade é perceberes como te sentes quando és vista desta maneira: nua, de corpo e de alma.
Quanto mais te vulnerabilizas em momentos do dia a dia da tua relação, mais fácil e natural fica revelares-te plenamente na cama. E vice-versa!
Faz-te sentido? Quantas vezes já sentiste que a tua vida íntima estava bloqueada precisamente pelos fatores que mencionei em cima? Pensa nisto!